Luís Represas: “O Coliseu é sempre especial”

Canções a solo e dos Trovante vão marcar uma noite cheia de sentido para comemorar 43 anos de carreira.

27 de fevereiro de 2019 às 21:47
Luís Represas Foto: Mariline Alves
03-07-2015_01_45_19 37 luís represas.jpg Foto: Tiago Sousa Dias
Novo vídeoclipe de Luís Represas em exclusivo no CM

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O que significa para si regressar a um Coliseu dos Recreios que conhece muito bem, a 30 de abril, para apresentar o novo álbum, ‘Boa Hora’?

Para mim, uma noite no Coliseu dos Recreios é sempre especial! É uma sala que me traz memórias fantásticas, desde a altura em que se considerava uma loucura artistas portugueses fazerem ali concertos.

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Ainda a dois meses de distância, o que está a preparar para essa noite que se quer especial?

Quero levar ao palco algumas das canções do álbum ‘Boa Hora’. Vou estar com a banda com quem tenho estado a trabalhar desde há alguns anos: Carlos Garcia no piano, Alexandre Alves na bateria, Cícero Lee no baixo e Tiago Oliveira na guitarra. Obviamente que vou também passar por canções de outros tempos e de outros discos a solo, assim como por temas dos Trovante.

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E são 43 anos a fazer canções que ficaram coladas aos ouvidos dos portugueses, primeiro nos Trovante e depois a solo...

Não pensei em fazer nada aquando dos 40 anos de carreira. Só agora é que alguém me lembrou que já lá iam 43.... E eu respondi: "Então embora lá!" [risos].

São muitas as diferenças nestes espetáculos de carreira em relação a um concerto dito ‘normal’?

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O que faz estes concertos interessantes é que temos de tornar as canções muito mais canções, para que haja o mínimo de dispersão por parte do artista. E uma coisa muito positiva é tocar ao lado do meu quarteto e dos meus convidados.

Já estão definidos os nomes que irão cantar consigo?

À partida irão estar presentes Ivan Lins, Mia Rose e talvez o Carlos do Carmo. Gostaria também que o Paulo Gonzo e o Jorge Palma estivessem, para podermos cantar ‘Cinema Estrada’. É que esta sequela da canção ‘125 Azul’ funciona, fundamentalmente, com as vozes dos três.

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Os convites foram aceites?

Já foram tidas essas conversas e os desejos de estarem presentes manifestados, mas, como ainda estamos a dois meses de distância do concerto, pode acontecer muita coisa.

‘Boa Hora’ quase que parece uma reunião de amigos de estrada...

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O único dado adquirido deste trabalho foi, de facto, a presença do Fred Ferreira e do quarteto que tem trabalhado comigo. Mais nada estava pensado nem sequer ambicionado. No entanto, à medida que as canções iam nascendo e crescendo, foram aparecendo parceiros que foram ‘roubando’ as canções para eles.

Como foi trabalhar em estúdio com nomes como Carlos do Carmo, Jorge Palma ou Paulo Gonzo?

O ‘Boa Hora’ foi, desde o início, um trabalho em crescimento contínuo. Começou com uma equipa muito reduzida e acabou com a participação de todos estes artistas. Ao ponto de eu até começar a rir-me sozinho e a dizer "Eu já não sei onde é que estou!" [risos].

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Foi também um disco que recuperou um imaginário que faz parte do seu ADN...

Completamente! Aliás, foi algo que se repetiu, inclusivamente as angústias que se têm quando se está a fazer um disco. E aconteceu! Sublinho aqui o apoio da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), através do seu fundo cultural, de poder fazer com que as coisas acontecessem. Isso foi de louvar e deixa-nos a nós, autores e intérpretes, muito reconhecidos.

O que sentiu ao ver o álbum receber, pela SPA, o Prémio Pedro Osório para disco do ano?

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Senti-me, de facto, muito lisonjeado, já que é um prémio que premeia os seus pares.

Em jeito de remate final, quando olha para trás, que memórias é que guarda destes 43 anos de carreira?

Guardo, fundamentalmente, momentos de grandes parcerias e amizades fantásticas, além de ver um público crescer e mudar ao longo de mais de quatro décadas. É algo que me deixa profundamente grato!

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