Morreu Celina Pereira, a discreta voz da morna
Cantora cabo-verdiana foi impulsionadora da classificação daquele género musical a Património da Humanidade
A cantora cabo-verdiana Celina Pereira morreu esta quinta-feira, em Almada. Voz impar da morna, a artista – e antiga hospedeira da TAP – foi uma das principais entusiastas da elevação daquele género musical de Cabo Verde a Património Mundial da Humanidade. Ciosa da sua idade, que sempre recusou revelar, Celina teria à volta de 75 anos.
Celina, que ao contrário de Cesária Évora nunca fez carreira internacional, limitando quase o seu êxito a Portugal e a Cabo Verde, lançou o primeiro disco em 1978 pela mão de Bana.
No ano passado, quando já padecia de doença prolongada, Celina foi homenageada em Lisboa por uma dezena de músicos durante uma ‘serenata’ no clube B.Leza.
Natural da ilha da Boa Vista, Celina Pereira foi condecorada em 2003 pelo então presidente da república, Jorge Sampaio, com a medalha de mérito – grau comendadora – pelos serviços prestados às artes e à cultura de Cabo Verde.
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