Morreu José Mário Branco, o músico que viveu inquieto

Cantor é considerado um dos mais importantes autores e renovadores da música portuguesa.

19 de novembro de 2019 às 09:22
José Mário Branco Foto: Micaela Neto / Sábado
José Mário Branco Foto: Micaela Neto / Sábado
José Mário Branco em atuação em 1998. Foto: Correio da Manhã
José Mário Branco com o radialista António Macedo na Rádio Comercial Foto: Direitos reservados
O músico fotografado durante uma entrevista na sua casa, em Lisboa. Foto: Micaela Neto / Sábado
O músico fotografado durante uma entrevista na sua casa, em Lisboa. Foto: Micaela Neto / Sábado
O músico fotografado durante uma entrevista na sua casa, em Lisboa. Foto: Micaela Neto / Sábado
O músico fotografado durante uma entrevista na sua casa, em Lisboa. Foto: Micaela Neto / Sábado
O músico fotografado durante uma entrevista na sua casa, em Lisboa. Foto: Micaela Neto / Sábado
O músico fotografado durante uma entrevista na sua casa, em Lisboa. Foto: Micaela Neto / Sábado
O músico fotografado durante uma entrevista na sua casa, em Lisboa. Foto: Micaela Neto / Sábado
O músico fotografado durante uma entrevista na sua casa, em Lisboa. Foto: Micaela Neto / Sábado
O músico fotografado durante uma entrevista na sua casa, em Lisboa. Foto: Micaela Neto / Sábado
O músico fotografado durante uma entrevista na sua casa, em Lisboa. Foto: Micaela Neto / Sábado
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O cantor, músico e produtor José Mário Branco morreu esta terça-feira aos 77 anos, disse à agência Lusa o seu ‘manager’, Paulo Salgado.

Nascido no Porto, em maio de 1942, José Mário Branco é considerado um dos mais importantes autores e renovadores da música portuguesa, em particular no período da Revolução de Abril de 1974, cujo trabalho se estende também ao cinema, ao teatro e à ação cultural.

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Foi fundador do Grupo de Ação Cultural (GAC), fez parte da companhia de teatro A Comuna, fundou o Teatro do Mundo, a União Portuguesa de Artistas e Variedades e colaborou na produção musical para outros artistas, nomeadamente Camané, Amélia Muge, Samuel e Nathalie.

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Uma das maiores vozes da música de intervenção portuguesa, José Mário Branco aderiu ao PCP, foi perseguido pela PIDE e teve que se exilar em 1963. Em 1971, saía o disco Mudam-se os Tempos Mudam-se as Vontades, um dos mais célebres. 

Depois da Revolução dos Cravos, volta de Paris e lança em 1978 A Mãe.

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"Quero ser feliz porra, quero ser feliz agora", gritou José Mário Branco em 1980, no palco do Teatro Aberto. Tinha 37 anos e foi uma das vozes mais reivindicativas do seu tempo, colocando-se sempre ao lado do povo.

Há dois anos, o produtor surpreendeu os fãs com um disco duplo, cheio de inéditos. Tratou-se de ‘Inéditos 1967-1999’, uma recolha de canções gravadas entre 1967 e 1999 e nunca antes editadas em digital. Entre elas, os temas ‘Fim de Festa’ (lançado num EP de marchas da Comuna–Coopearte) ou ‘Quantos é que nós somos’ (gravado para um disco de homenagem a Otelo Saraiva de Carvalho). 

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Ao longo da sua carreira, José Mário Branco passou pela música, teatro e cinema. Enquanto autor, compositor e intérprete, colaborou com Camané e Amélia Muge, entre outros.

O último disco a solo de José Mário Branco foi Resistir é Vencer, de 2004. Em 2009, juntou-se a Sérgio Godinho e a Fausto Bordalo Dias no projeto Três Cantos.

Em 2017, estreou o documentário Mudar de Vida – José Mário Branco, vida e obra realizado por Nelson Guerreiro e Pedro Fidalgo. Seria premiado como Melhor Documentário de Longa Metragem pela Academia Portuguesa de Cinema.  

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