Morreu o realizador Jean-Luc Godard

Tinha 91 anos.

13 de setembro de 2022 às 09:28
Jean-Luc Godard Foto: Reuters
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O realizador Jean-Luc Godard, considerado o padrinho da Nouvelle Vague francesa, morreu esta terça-feira com 91 anos, avançou o jornal francês Liberation, citando pessoas próximas do realizador franco-suíço.

Segundo a agência France-Presse, citando o conselheiro da família, o cineasta franco-suíço teve recurso ao suicídio medicamente assistido. Jean-Luc Godard, 91 anos, "recorreu à assistência legal na Suíça de uma partida voluntária na sequência de múltiplas patologias incapacitantes, seguindo os termos de um relatório médico", explicou Patrick Jeanneret à AFP.

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Parte fundamental da 'Nouvelle Vague' francesa, movimento que revolucionou o cinema a partir dos anos 1950, Godard tem uma longa carreira premiada, que vai desde o galardão de melhor realizador, em Berlim, logo por "O Acossado", até um Óscar honorário, entregue em 2010 numa cerimónia à qual não compareceu.

Autor de obras influentes sobre várias gerações de realizadores como "O Desprezo" (1963), com Brigitte Bardot, "Bando à Parte" (1964), "Pedro, o Louco" (1965) ou os mais recentes "Filme Socialismo" (2010) e "Adeus à Linguagem" (2014), Jean-Luc Godard ficou conhecido "pelo seu estilo de filmar iconoclasta, aparentemente improvisado, bem como pelo seu inflexível radicalismo", como recorda o The Guardian no obituário do cineasta.

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Em Portugal, a morte assistida não está tipificada como crime com esse nome, mas a sua prática pode ser punida por três artigos do Código Penal: homicídio privilegiado (artigo 133.º), homicídio a pedido da vítima (artigo 134.º) e crime de incitamento ou auxílio ao suicídio (artigo 135.º).

As penas variam entre um a cinco anos de prisão para o homicídio privilegiado, até três anos para homicídio a pedido da vítima e de dois a oito anos para o crime de incitamento ou auxílio ao suicídio.

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