Morreu Quincy Jones, um dos maiores nomes da história da música
Foi produtor do famoso ‘Thriller’ de Michael Jackson e do ‘mega hit’ ‘We AreThe World’.
Era um dos maiores nomes da história da música. Trabalhou com cantores como Elvis Presley, Billie Holiday, Louis Armstrong, Ella Fitzgerald, Duke Ellington, Miles Davis, Aretha Franklin ou Frank Sinatra; produziu o famoso ‘Thriller’, de Michael Jackson, e o ‘mega hit’ ‘We Are The World’; foi um dos primeiros executivos negros a vingar em Hollywood e um dos principais defensores dos direitos dos músicos negros nos EUA.
Quincy Jones, o produtor que dizia que “uma boa canção pode fazer qualquer mau cantor soar bem”, que afiançava que tinha conhecido “todos os malucos da indústria”, morreu, no domingo à noite, em casa, no bairro de Bel Air, em Los Angeles, rodeado pela família. Tinha 91 anos, mas já tinha expressado o desejo de viver até aos 110. “Espero que na minha lápide esteja escrito ‘Nascido em 1933, falecido em 2043’. Espero que esse seja o meu legado.”
Em nota de pesar, a família disse estar de “coração cheio, mas destroçado”. “Embora esta seja uma perda tremenda para a nossa família, celebramos a grande vida que ele viveu e sabemos que nunca haverá outro como ele”, lê-se.
Nascido a 14 de março de 1933, em Chicago, em plena Grande Depressão, e criado pela avó, Quincy Jones descobriu a música quase de forma acidental quando, aos 11 anos, arrombou um centro recreativo para roubar doces e encontrou um piano. “Foi aí que comecei a encontrar paz. Sabia que isto era para mim. Para sempre”, escreveu na autobiografia ‘Q’. Três anos depois, começou a tocar numa banda com um outro jovem, cujo nome também hoje dispensa apresentações: Ray Charles (1930-2004).
Ao longo da carreira, venceu 28 prémios Grammy, dois Óscares honorários e um Emmy. Defendia que todos, independentemente da vocação, deveriam ter a música no seu currículo.
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