Mourão abriu a temporada taurina
Abertura do festival de Mourão não foi um grande espetáculo.
Cumpriu-se a tradição e a nova temporada taurina abriu com o festival de Mourão a complementar a festa religiosa da Senhora das Candeias. Cartel forte, com Luís Rouxinol e seu filho a cavalo, Forcados Amadores de São Manços nas pegas, matadores espanhóis El Cid e Manolo Escribano e os novilheiros Lama de Gongora e Juanito no toureio a pé, na lide de seis novilhos de Murteira Grave. Apesar da tarde fria, a alindada pracita de Mourão voltou a encher-se já que a afición dos dois lados da raia e a diáspora não faltaram ao chamamento.
Não foi um grande espetáculo, mas o público saiu satisfeito e a tradição assim o manda. Os novilhos do Murteira Grave não ajudaram muito com exceção do segundo e do terceiro. Luís Rouxinol esteve ao seu nível e chegou ao público num toureio fácil e bom entendimento do oponente. O seu filho, o jovem cavaleiro do mesmo nome, mostrou progressos, está bem montado e tirou partido da boa investida do novilho que lhe tocou.
Os forcados de São Mansos não tiveram problemas. No toureio a pé, o matador espanhol El Cid andou muito bem com o capote num novilho que investiu melhor que os irmãos de manada e a faena por ambos os pitons teve embate e profundidade a merecer fortes aplausos. Menos sorte teve o seu colega Manolo Escribano a quem tocou o novilho de pouca força e curta investida. Bandarilhou com facilidade e soltura e a faena foi a possível num touro de escassa força. O novilheiro Lama de Gongora esforçou-se numa faena mais complicada a um novilho de investida incerta, mas conseguiu algum brilho à custa de submeter na muleta.
O festival terminou com a apresentação do jovem português João Silva (Juanito) que mostrou valentia e maneiras num novilho que tinha alguma dificuldade e chegou ao público pelo modo como se comportou na arena. Agostinho Borges dirigiu a corrida Agostinho Borges e, como atrás se disse, a praça esgotou.
No intervalo foi descerrada uma lápide comemorativa da apresentação do falecido cavaleiro José Mestre Batista, numa praça de Mourão.
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