Nova voz dos Tara Perdida "sem medo das comparações"

Encerra-se esta sexta-feira, com o fim da digressão 'Tara Perdida e Amigos', um ciclo que teve início em março quando a banda perdeu o seu emblemático vocalista, João Ribas, e, a pedido deste, decidiu continuar a tocar. O CM foi entrevistar a nova voz de uma das mais emblemáticas banda do rock português.

Como é que surgiu a oportunidade de se tornar vocalista dos Tara Perdida?

A banda já me conhecia e convidou-me para participar no espetáculo de tributo ao João Ribas. Foi durante esse período que começaram a sondar-me. Foi tudo bem direto e simples.

Que relação é que tinha com a música dos Tara Perdida?

Como qualquer miúdo que cresceu a ouvir punk rock, naturalmente ouvia também os Tara Perdida. Depois fomo-nos cruzando também na estrada e nos palcos com a minha banda, os Easyway. Para mim é um orgulho enorme.

O João Ribas era um herói do punk, um músico muito carismático. Não teme as comparações naturais que agora possam surgir?

Não tenho receio nenhum. Isso nem me passa pela cabeça, até porque não estamos aqui para enganar ninguém. É que o João não foi substituído. Infelizmente aconteceu o que aconteceu e é só por isso que estou aqui.

Como foi a sua receção no seio da banda?

Foi excelente. Fui muito bem acolhido por todos desde o primeiro momento. Recebi mensagens de todo o lado. É uma família e posso dizer que nunca vi nada assim. Nunca pensei que pudesse acontecer isto à volta de uma banda em Portugal.

Uma coisa é crescer a ouvir os Tara Perdida, outra é cantar ao vivo as suas canções. Como está a ser adaptação ao repertório do grupo?

A maior diferença em relação ao que fazia é que agora passo também a cantar em português. E claro que há muitas coisas a serem limadas.