Polícia em força segura festivais e concertos

Responsáveis admitem mudanças na abordagem a eventos que reúnem multidões.

08 de junho de 2017 às 01:30
Primeiro teste ao modelo de segurança menos discreta acontece hoje, no arranque do Primavera Sound Foto: Direitos Reservados
Barreiras para impedir veículos de aceder a zonas com grandes concentrações de pessoas vão ser instaladas Foto: Sérgio Lemos
A praça da restauração conta com uma oferta variada de comida, para que nada falte aos festivaleiros Foto: Direitos Reservados

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Mais polícias, com maior visibilidade e armamento mais pesado, barreiras de segurança para travar qualquer veículo e revista obrigatória para todos os que entrem nos recintos dos grandes concertos e festivais de verão que se aproximam.

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Estas são as mudanças que a PSP já tem em prática desde o ataque terrorista ao Bataclan, em Paris, mas que ganham maior dimensão já hoje, no início do Primavera Sound, no Porto, e no domingo, em Lisboa, no concerto de Ariana Grande - cujo espetáculo em Manchester, a 22 de maio, terminou com um ataque terrorista que matou 22 pessoas.

Segundo a PSP, trata-se de uma mudança na abordagem desta força de segurança aos eventos que juntam multidões, passando de um policiamento de "discrição para uma postura de alta ostentação". "Não há qualquer aumento do nível de alerta, mas há uma evolução na estratégia para estes eventos", adiantou ao CM o intendente Hugo Palma.

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Todas as pessoas serão revistadas e nas imediações dos locais dos espetáculos haverá condicionamentos de trânsito e instalação de barreiras de segurança nos acessos, para prevenir ataques com camiões ou outros veículos. Os agentes exibirão coletes à prova de bala, metralhadoras e shotguns.

Para hoje está prevista casa cheia no Parque da Cidade, no Porto, para o primeiro dos três dias do Primavera Sound. Dos 90 mil festivaleiros esperados, cerca de 30 mil são oriundos do estrangeiro, com os espanhóis a liderarem a lista.

Mais de 250 festivais com música para todos os gostos   

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PORMENORES 

Menor pegada ecológica

A organização vai tentar diminuir a pegada ecológica dos festivaleiros com embalagens ecossustentáveis para a comida, casas de banho ligadas à rede de saneamento pública e cinzeiros descartáveis.

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Transporte mais fácil

O festival volta a associar-se aos transportes públicos do Porto, havendo uma ligação direta dos autocarros STCP entre a praça Cidade Salvador e os Aliados, com várias paragens entre os dois pontos.

Restauração variada

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O festival volta a promover uma vasta oferta de restauração, com uma zona de petiscos tradicionalmente portuenses e também uma zona dedicada à street food.

Apoia mobilidade reduzida

O evento conta com plataformas para o público com mobilidade reduzida em todos os palcos, garantindo maior conforto e visibilidade.

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"Este é o ano que marca a afirmação completa"  

José Barreiro, diretor do festival, não nega que temeu pela reação dos portugueses à mudança. "Queríamos fazer diferente, arriscar um pouco mais no cartaz e tive receio de que os portugueses não estivessem tão recetivos", explicou.

Mas o público nacional disse "sim" ao duo Run The Jewels, à eletrónica do chileno Nicolas Jaar, ao som do britânico Skepta, ao R&B americano de Miguel e muito mais. "Este é o ano que marca a afirmação completa do festival", disse o promotor do evento. "Há artistas que as pessoas só podem, praticamente, ver aqui. Dão poucos concertos pelo Mundo e nós conseguimos dar ao público uma oportunidade única", afirmou o promotor do certame.

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"Queremos ser uma montra de artistas e ter um cartaz que se distinga dos restantes", concluiu.

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