Projeto estuda casos de assédio nas artes em Portugal

Documento será distribuído em junho deste ano e a divulgação dos resultados deverá acontecer em março de 2026.

01 de maio de 2025 às 01:30
Projeto quer combater assédio nas artes Foto: Pedro Catarino
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Um novo projeto de combate ao assédio nas artes vai avaliar a situação em Portugal através de um inquérito aos profissionais do setor. O documento será distribuído em junho deste ano e a divulgação dos resultados deverá acontecer em março de 2026.

A DGARTES celebrou esta semana um acordo de parceria tendo como finalidade o apoio a um estudo sobre o Assédio nas Artes em Portugal, no âmbito do projeto MUDA. O acordo tem como suporte uma proposta desenvolvida por um conjunto de criadoras, intérpretes e outras profissionais das artes performativas.

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Coordenado por Catarina Vieira, Raquel André e Sara de Castro, o projeto MUDA terá a Coordenação Científica das Doutoras Isabel Silva (Instituto Piaget - ISEIT, Viseu) e Ana Bártolo (Universidade Portucalense) com a participação da Doutora Dália Costa (docente universitária e investigadora do ISCSP), Joana Neto (advogada e docente universitária da Universidade Lusófona do Porto) e Mafalda Simões (profissional da área de comunicação).

No site da DGARTES pode ler-se que o estudo visa caracterizar as formas de assédio sexual e moral, com foco no setor artístico em Portugal, mais especificamente nas artes performativas e cruzamento disciplinar, mediante uma análise interseccional com base nos contextos em que ocorrem práticas de assédio e os perfis (por exemplo, género) mais frequentemente afetados.    

A metodologia a utilizar compreende, numa primeira fase, um inquérito por questionário, e, numa segunda, entrevistas a pessoas expostas a situações de assédio, considerando a sua experiência individual e/ou como espectadoras da situação.

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Entretanto, um manual com orientações para prevenir e lidar com situações de assédio no cinema e audiovisual vai ser apresentado a 11 de junho no Batalha Centro de Cinema, no Porto, revelou à Lusa a associação Mulheres Trabalhadoras das Imagens em Movimento (MUTIM), em coprodução com a Filmaporto Film Commission. O documento será distribuído gratuitamente em formato físico e digital.

Em setembro de 2024, quando o manual estava a ser preparado, a presidente da MUTIM, Paula Miranda, explicou que o documento pretende ter orientações sobre conduta laboral dentro do setor do cinema e audiovisual, dando como exemplo a necessidade de existência de uma pessoa que faça coordenação de intimidade para atrizes e atores durante as filmagens, em cenas mais sensíveis.

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