"Quero ficar na memória das pessoas"

Stewart Sukuma sobe ao palco do Coliseu dos Recreios este sábado.

08 de novembro de 2014 às 12:53
08-11-2014_12_52_34 9179698.JPG Foto: D.R.
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Depois de actuações no mundo inteiro, Stewart Sukuma traz agora o seu talento e a sua música africana ao palco do Coliseu dos Recreios em Lisboa com o espectáculo Boleia Africana. Acompanhado da Banda Nkhuvu, Stewart contará ainda com a participação especial de Luis Represas, Cuca Roseta, Maria Berasarte, Selma Uamusse, Noumoucounda Cissoko, Costa Neto e Gospel Collective.

O que preparou para este espetáculo do Coliseu?

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É um espetáculo com uma vertente africana grande, e que serve de apresentação ao meu novo disco 'Boleia Africana'. É um disco que versa muito sobre a exploração da Península Ibérica pelos mouros e que tem muitos géneros musicais, do flamengo ao fado.

 

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Que significa para si este concerto naquela que é a mais mítica sala de espetáculos de Lisboa?

É a primeira vez que um músico moçambicano vem atuar ao Coliseu de Lisboa e por isso estou muito orgulhoso. Sei que vêm pessoas de Moçambique de propósito para assistir a este concerto. Pessoalmente queria ficar na memória das pessoas.Não quero só fazer este concerto e ir-me embora. Quero ficar no mercado português. 

Que relação tem com Portugal e com a música portuguesa?

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Antes da relação com a música, tenho como todos os moçambicanos uma relação de história com Portugal. Depois adoro a cidade, amo o fado e de uma forma geral toda a música portuguesa. Ainda recentemente participei num espetáculo do Luis Represas que foi fantástico. Acho que a responsabilidade dos artistas africanos é manter viva a relação com Portugal.

 

Porquê apenas três discos em 30 anos de carreira?

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Porque também ando ocupado com outras coisas. Sou apresentador de televisão, embaixador da UNICEF e depois porque não me obrigo a fazer um disco por ano. Também fiz várias participações, estive a viver e a estudar nos EUA e isso também me tomou muito tempo.

 

O Stewart cruza a música tradicional moçambicana com outros géneros musicais. Isso sempre foi bem compreendido pelos puristas?

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Sim, no início não foi muito bem aceite. Neste momento devo ser um dos cinco músicos mais ouvidos em Moçambique, mas não foi fácil chegar aqui. Ainda ssim nunca desisti. Eu sei que é preciso haver referências da música tradicional mas também é preciso ter um diferencial.

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