Romance vale primeiro prémio a Ricardo Lemos
Obra ‘Desaparecida’ começou a ser escrito há cerca de cinco anos em Cambridge, Inglaterra.
Um “romance fragmentado”, nascido a partir de uma “série de contos”, valeu ao escritor Ricardo Lemos, de 34 anos, o prémio Nacional de Literatura Lions de Portugal 2021. ‘Desaparecida’ (editora Guerra & Paz), conta o autor ao CM, “começou a ser escrito há cerca de cinco anos em Cambridge [Inglaterra] por altura de um mestrado em escrita criativa”, mas levou algum tempo até ver a luz do dia. “Foi um processo longo, em que estive dois ou três anos a escrever”, explica Ricardo Lemos, que faz aqui a sua estreia no romance. “É um livro que nasceu de um conjunto de contos que eu estava a desenvolver, todos passados na mesma aldeia, em Desaparecida, e a história foi crescendo seguindo vários personagens através de vários séculos”, conta o autor, que foi agora surpreendido também com aquele que é o seu primeiro prémio. “É muito bom quando, no fundo, escrevemos só para nós, e acabamos a ser reconheci dos pelos outros.” O júri, de resto, não lhe poupou elogios considerando que “demonstrou a arte de contar histórias dentro da história, mesmo que algumas sejam inverosímeis”.
Natural do Porto, Ricardo Lemos estudou Cinema em Londres, capital britânica, e já viveu entre Portugal e Inglaterra, os Estados Unidos e o Tibete, tendo escrito crónicas de viagem. Revela que, atualmente, está precisamente a reunir alguns desses textos e que estes deverão resultar numa nova obra, algures entre “a ficção e a não ficção”.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt