Sátira, samba e história marcam festas no País

Milhares de foliões saíram ontem à rua para festejar o Carnaval, e nem a chuva, que caiu em especial no Norte do País, foi impedimento para a diversão tão característica da época. Com ou quase sem roupa, mascarados a rigor ou com o que a austeridade deixou para a imaginação, os visitantes deram tolerância de ponto à crise e um novo fôlego às organizações dos desfiles, que ontem viram o seu esforço recompensado.

Em Sesimbra, depois de um domingo invernoso, em que as fantasias não chegaram a sair dos armários, o corso de ontem foi visto por mais de 20 mil visitantes. No total, as sete escolas de samba e dois grupos cativaram, no sábado, na segunda-feira e ontem, mais de 40 mil visitantes, aquém dos 50 mil esperados. "O bom tempo ajudou à festa. As esplanadas dos cafés e os restaurantes estiveram cheios. Isto veio compensar o azar de domingo", referiu a autarquia.

Mais a norte, na Nazaré, a avenida marginal foi o palco principal da festa, que contou com 60 mil espectadores. Na frente do desfile - com 35 grupos -, seguiam os reis, dois nazarenos que nunca pararam de puxar pelos foliões, tentando compensar a festa que não chegou a ter lugar no ‘domingo gordo'.

E porque os sonhos comandam a vida, Loures não foi exceção. Após um dia de festa cancelado devido à intempérie, e que roubou 30 mil visitas, as personagens que povoam os sonhos de criança ganharam superpoderes sob o olhar de 50 mil pessoas. Com a sátira política afiada, o Carnaval ‘Único e Irrevogável' de Loulé, "o mais antigo do País", recebeu ao longo dos três dias 100 mil pessoas. Em Torres Vedras, o imaginário da TV inspirou 2500 figurantes.

CLIQUE NA IMAGEM E VEJA AS MELHORES FOTOS

DO CARNAVAL EM PORTUGAL