"Sempre que chego a Portugal é uma festa": Zeca Pagodinho assinala 40 anos de carreira em Lisboa e Porto

Músico brasileiro, nome incontornável do samba, assinala 40 anos de carreira com concertos em Lisboa e Porto.

04 de novembro de 2025 às 01:30
Zeca Pagodinho Foto: Guto Costa
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Zeca Pagodinho, um dos maiores nomes do samba do Brasil, está de volta a Portugal, desta feita com um espetáculo para assinalar 40 anos de carreira. O músico, de 68 anos apresenta-se esta quinta-feira, dia 6, no Campo Pequeno, em Lisboa e no sábado, dia 8, na SuperBock Arena, no Porto. "Estes espetáculos são a minha história na música. Quarenta anos é uma grande vitória", começa por dizer Zeca Pagodinho (Jessé Gomes da Silva Filho de seu verdadeiro nome), que volta assim a um país que bem conhece. "Gosto muito de Portugal e pelo menos uma vez por ano tenho que viajar para o vosso país. Por isso, quando venho a trabalho aproveito para ficar com a família e passear. Tenho muitos amigos e cada vez que chego é uma festa", adianta o artista que é um apreciador da nossa gastronomia e que, da estreia por cá, no início dos anos 2000, guarda uma memória muito particular: "O leitão da Bairrada". Apaixonado por fado, tem especial apreço por Carminho e por Cuca Roseta com quem recentemente até gravou, um tema 'Arranha Céu', que "ficou bem bonitinho", diz. 

Nascido no Rio de Janeiro a 4 de fevereiro de 1959, Zeca Pagodinho ainda trabalhou como contínuo e estafeta antes de se iniciar na música no começo da década de 1980 nas rodas de samba dos subúrbios da cidade. "Lembro que no início foi tudo muito intenso, fazia muitos espetáculos, um por noite, mas na altura eu era muito novo. Eu era um jovem louco, só eu sei, a cada hora estava num lugar diferente, tanto estava no nordeste como de repente já estava no sul". Ainda assim, a perspetiva em seguir uma carreira não era sequer uma coisa em que pensasse. "Nunca sonhei com carreira nenhuma, tudo o que eu queria mesmo era ser feliz. Ainda hoje esse é sempre o meu maior desejo". 

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Com perto de 40 gravações realizadas, quatro prémios Grammy, 12 milhões de cópias vendidas e considerado um dos mais prodigiosos e talentosos nomes do samba, Zé Pagodinho, prefere, no entanto atribuir o mérito a outros artistas. "Tem gente muito melhor do que eu. Vi muitos que não tiveram o meu sucesso, mas que ainda hoje são grandes referências para mim como Wilson Moreira, Nelson Sargento, Almir Guineto ou Arlindo Cruz"

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