Sucesso de Matias Damásio ajudou família do cantor
Embaixador do semba atua este domingo num Coliseu de Lisboa esgotado há um mês.
Correio da Manhã – Vai ser uma verdadeira festa o seu concerto num Coliseu de Lisboa já esgotado...
Matias Damásio – Sem dúvida. Vai ser uma noite de emoção e alegria. Saber que a sala está lotada há mais de um mês dá-me força para trabalhar.
- Ficou surpreendido?
- Superou todas as minhas expectativas. É muito bom para qualquer artista ser recebido pelos fãs desta maneira.
- O que está preparado para este espetáculo tão especial?
- O Héber Marques (HMB), que cantou comigo em ‘Loucos’, não poderia faltar. Vou também apresentar uma grande voz de Angola, mas não posso dizer o nome para não estragar a surpresa.
- Considera-se um embaixador do semba, o estilo musical de raízes bem angolanas em que se move?
- Tenho feito tudo o que posso para o preservar, mas não me sinto um embaixador do semba. Yuri da Cunha, Paulo Flores e Bonga, que é o maior de todos nós, também defendem as nossas raízes musicais.
- ‘Por Amor’ vai ser a peça central da atuação. O que sentiu ao ver o disco ser tão bem recebido no nosso país?
- Foi inacreditável. Acreditava que iria conquistar o sucesso mas nunca em apenas seis meses após a edição do disco.
- Duro e humilde foi o seu percurso até chegar ao sucesso, ao migrar bem novo de Benguela para Luanda..
- Não tenho como não ter essa marca nas minhas canções. Toda a minha vida está presente nas letras e nas melodias, quando estou a compor com a minha viola.
- Alguma vez sonhou em chegar onde chegou?
- Tive muitos sonhos na minha vida, mas o principal era sobreviver... Aprendi a lutar todos os dias e esse espírito mantém-se quando penso e dirijo a minha carreira.
- E os seus sempre estiveram no seu coração...
- O sucesso da minha carreira foi uma das coisas que ajudou a minha família a ter melhores condições de vida. Tem uma importância e um valor muito maiores do que a arte em si.
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