Tribunal mantém gestora no Campo Pequeno

Receio da prática de atos de má gestão justifica decisão do juiz.

20 de dezembro de 2014 às 20:02
19-12-2014_21_40_44 37 campo pequeno.jpg Foto: Tiago Sousa Dias
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O Tribunal de 1ª Instância não vai permitir o regresso das famílias Borges e Goes Ferreira à gestão do Campo Pequeno.

Tal como o CM ontem noticiou, o Tribunal da Relação de Lisboa anulou a decisão de insolvência da Sociedade Urbana de Reconstrução do Campo Pequeno (SRUCP), detida por estas famílias, e ordenou o regresso do processo à primeira instância.

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Após conhecer esta decisão, apurou o CM, a Opway, que avançou com a ação de insolvência inicial, solicitou com urgência a nomeação de um administrador judicial provisório.

O juiz concordou e indicou Paula Resende, que desde fevereiro deste ano está à frente dos destinos do Campo Pequeno, para assumir essa função. A administradora, sabe o CM, fica com poderes exclusivos para administrar o património da devedora. Entre as dívidas, por exemplo, a Opway reclama cinco milhões de euros. Já o BCP terá créditos de aproximadamente 80 milhões.

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A fundamentação da decisão passa pelo receio da prática de atos de má gestão e o consequente agravamento da situação económica da sociedade. Segundo apurou o CM, a Opway acusa a SRUCP de ter elaborado contratos com o objetivo de dissipar o património da sociedade, através da Sociedade do Campo Pequeno. Isto quando ainda geria o espaço. Já após ter sido requerida a insolvência, em 2013, os créditos que a SRUCP tinha no BCP terão sofrido uma queda acentuada. Em contrapartida, houve um acréscimo na conta da Sociedade do Campo Pequeno.

Em causa estarão ainda pagamentos superiores a 500 mil euros a uma empresa por assessoria já em 2013.

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