Tutankhamon afinal não foi assassinado

A radiografia tridimensional à múmia de Tutankhamon exclui a teoria de assassinato do jovem faraó, mas não resolve o mistério com mais de três mil anos.

09 de março de 2005 às 00:00
Partilhar

Para uns, Tutankhamon não resistiu a uma infecção provocada por uma ferida mal tratada, para outros o ferimento mortal foi obra dos arqueólogos que não encontraram causa alternativa para justificar morte tão precoce, recorde-se, em 1352 a. C., aos 19 anos. Outros há ainda que defendem o assassinato do jovem com base na sua pouca idade e no conturbado contexto histórico em que reinou.

E tudo isto consta do relatório de cinco páginas que uma equipa de investigadores egípcios decidiu libertar ontem. Mais uma a quem encanta o mistério da morte do faraó mas que tem uma particularidade: anuncia como derradeira a sua investigação, garantindo que, com ela, se fecha em definitivo o túmulo e salvaguarda a paz de Tutankhamon...

Pub

“Não sabemos como o rei morreu, mas agora temos a certeza de que de assassinato não foi. Talvez tenha sido, simplesmente, de morte natural”, adianta Zahi Hawas, responsável pelo Supremo Conselho de Antiguidades Egípcias.

A conclusão, porém, não é unânime e dos oito elementos da equipa de Zahi Hawas nem todos ficaram convencidos, mas a maioria sim, logo, a investigação foi dada como fechada e o relatório como conclusivo.

Pois, se até as más formações dos ossos do crâneo do faraó foram explicadas por causa genética ou mau posicionamento do corpo em resultado do processo de embalsemação...

Pub

“A julgar pelos ossos, a saúde do rei era boa. Não encontrámos sinais de má nutrição ou doenças infecciosas de que tenha sofrido na infância”, explica o relatório.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar