Último adeus a Guilherme de Melo em funeral íntimo
<u></u><u></u><u></u><u></u><u></u><u></u>Duas dezenas de pessoas prestaram uma última homenagem ao jornalista e escritor Guilherme de Melo que morreu aos 82 anos, vítima de cancro, no sábado, 29 de junho, no hospital de São José, em Lisboa.
O carro funerário partiu da Basílica da Estrela por volta das 09h00, tendo como destino o cemitério de Alto de São João, onde o corpo do jornalista foi cremado. Entre lágrimas dos familiares mais chegados a cerimónia foi marcada por serenidade e discrição.
José António Santos, secretário-geral da Lusa, que trabalhou durante 20 anos com o jornalista, enaltece o seu profissionalismo relembrando-o como "um escritor que deixa obra publicada". "Foi um jornalista que honrou a profissão que nem sempre é bem tratada", confessou ainda ao CM.
Guilherme de Melo ficou conhecido pela anulação do seu casamento, para assim assumir a sua homossexualidade. O jornalista assumiu a sua inclinação sexual num programa televisivo, gravado em 1982, onde ele e o seu companheiro deram a conhecer, pela primeira vez em televisão, a sua relação.
Nascido em Maputo, Moçambique, a 20 de janeiro de 1931, Guilherme de Melo deu início à sua carreira de jornalista na terra natal passando depois, já em Portugal, pelo ‘Diário de Notícias'. Para além do jornalismo, conta ainda com quinze livros publicados, entre eles‘A Estranha Aventura: Contos' (1961), ‘Menino Candulo, Senhor Comandante' (1974) e ‘Gayvota: um olhar (por dentro) da Homossexualidade' (2002).
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