Um filme sobre o que significa ser adulto
Manuel Pureza estreia, na quinta-feira, nas salas obra que começou por ser uma peça de teatro.
O novo filme de Manuel Pureza chama-se ‘Os Infanticidas’ e estreia, na quinta-feira, nas salas de cinema. O texto, que começou por ser uma peça de teatro (foi à cena na Comuna em 2017), é levado ao ecrã com o mesmo tema: retrata uma geração que, à beira dos 40, se questiona sobre o que é isso de ser adulto. O original de Luís Lobão foi adaptado pelo realizador “com a colaboração dos quatro atores principais” – o próprio Luís Lobão, João Vicente, Anna Leppanen e Joana Campelo –, e o resultado, diz Manuel Pureza, é uma obra “sobre a amizade, sobre crescer, sobre aprender a comprometer-se, a amar, sobre viver, desistir, sobre morrer”.
A história não é narrada linearmente, antes em flashes aparentemente desgarrados, mas que giram sobre os mesmos assuntos e vão acrescentando camadas de tinta ao quadro. Nesse aspeto formal reside a estranheza da obra, e também o seu encanto.
“Talvez o filme faça rir o público, mas para mim não é uma comédia. Acho, até, que é profundamente triste e reflete aquilo que muitas pessoas da minha idade sentem: que ser adulto não tem de ser aquilo que nos querem vender; e que é possível ter um Mundo com mais sensibilidade e mais empatia”, conclui.
‘black bag’
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