Vasco Martins vai estar ao piano no palco do B.Leza em Lisboa no próximo sábado

O improviso é uma das grandes virtudes de Vasco Martins, e demonstra-o frequentemente em palco. A liberdade criativa determina o caminho percorrido em cada música. O compositor transporta a música de Cabo Verde para destinos mais eruditos, onde o jazz se manifesta de surpresa.

Vasco Martins começou a compor as suas músicas em 1975, e quatro anos mais tarde gravou em Lisboa o primeiro disco, Vibrações, ao piano. Em 1984 esteve ligado ao primeiro Festival Baía das Gatas, e participou em muitas das edições seguintes. Tem mais de duas dezenas de álbuns lançados, à guitarra, ao piano, ou explorando as capacidades dos sintetizadores, um percurso que iniciou com o álbum Universo da Ilha, que contou com a participação de Luís Morais, e tem também várias obras sinfónicas editadas. Com a Orquestra Clássica do Centro, em Portugal, gravou Viagens no Imaginário da Morna, em 2016. A música tradicional de Cabo Verde é interpretada por Vasco Martins de forma muito particular, levando-a para além das fronteiras do arquipélago. Em 1998, o compositor ergueu o que apelida de Ápeiron, um arco de forma etrusca, feito em pedra, no topo da Praia do Norte da Ilha de São Vicente. O "Arco do Vasco" já foi palco de alguns concertos de Vasco Martins, que pretende que o Arco seja um portal que transporte a música e o espírito para uma dimensão indefinida. Este sábado, em Lisboa, Vasco Martins vai estar ao piano no palco do B.Leza para mostrar as suas variações musicais.