Vaticano analisa religião de super-heróis

Num artigo intitulado “Hulk é verdadeiramente católico?”, o diário do Vaticano 'L’ Osservatore Romano' faz uma análise acerca da religiosidade de alguns super-heróis de banda desenhada.

06 de julho de 2013 às 01:00
super-heróis, heróis, hulk, vaticano, religião, super-homem, super-aranha Foto: d.r.
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‘Hulk’ é o super-herói mais destacado pelo vespertino da Santa Sé, uma vez que o personagem "está casado com Betty Rossi e o enlace foi oficializado por um padre católico". Para além disso, o ‘homem verde’ aparece algumas vezes com um rosário nas mãos, objeto de carácter religioso.

O jornal do Vaticano salienta que ‘Hulk’ não é um caso isolado e dá o exemplo do filme ‘Super-Homem’ no qual se confirma a fé cristã de Clark Kent, mostrando assim que as personagens com super-poderes, que declaram a sua fé, não são uma minoria.

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O vespertino diz ainda que os super-heróis têm uma dupla natureza humana e divina, e que “combatem as injustiças do mundo, a prepotência dos gananciosos e intervêm para restabelecer uma ordem momentaneamente perdida".

O jornal do Vaticano admite que a maior parte dos super-heróis são cristãos protestantes e relembra que o protestantismo é muito forte nos Estados Unidos da América. Assim sendo, destaca o 'Homem Aranha', "um protestante convicto", e o 'Capitão América', que "encarna os ideais dos Estados Unidos da América e que, numa tira recente de banda desenhada, admite que vai à missa todos os domingos.”

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Entre os católicos, destaca-se Selina Kyle, a 'Catwoman', que é pouco devota apesar de ter uma irmã freira.

Apesar da grande importância que o Vaticano dá ao personagem ‘Hulk’, é 'Noturno' de 'X-Men' que recebe o título de mais devoto de todas as personagens.

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O vespertino enfatiza o cristianismo da maioria das personagens, no entanto refere que "uma das editoras, a Marvel, foi fundada em 1939 pelo judeu Martin Goodman e a maioria dos autores de banda desenhada é judeu".

Exemplo de personagens judaicas são a 'Shadowcat', que usa um colar com a estrela de David e 'A Coisa', do 'Quarteto Fantástico', que reza uma oração judaica tradicional, numa tira de banda desenhada de 2002.

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Após esta análise, o diário concluiu que o mundo de hoje precisa de "heróis positivos, impávidos e justos, que na eterna luta entre o bem e o mal sabem sempre de que lado devem estar e, se por trás disso existem motivações religiosas, ainda melhor".

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