A história surpreendente de Annie Silva Pais, filha do último director da PIDE (polícia política do Estado Novo), Fernando Silva Pais, que virou costas ao Estado Novo e abraçou a revolução cubana, será representada a partir de quinta-feira no Teatro D. Maria II, em Lisboa, na peça ‘A Filha Rebelde’.
“É quase inimaginável esta situação da filha do director da polícia política da mais velha ditadura europeia ter tido o percurso radical e de rupturas permanentes que teve, ao ponto de chegar a morrer em Cuba”, afirmou José Pedro Castanheira, co-autor, com Valdemar Cruz, do livro que esteve na origem da peça e que começou numa investigação jornalística.
Em palco, Ana Brandão (Annie Silva Pais) lidera um elenco com 18 actores, incluindo Vítor Norte (Silva Pais) e Lídia Franco (mãe da protagonista). “É a primeira vez que faço o papel de alguém que existiu e é uma enorme responsabilidade”, disse à Lusa a actriz, explicando que não tentou fazer “uma cópia ou um retrato real” do que era Annie.
A história contada vai dos anos 1960 até ao início dos 1990 e passa-se em Portugal e em Cuba. Annie é casada com um diplomata suíço e com ele vai viver para Cuba, nos primeiros anos da revolução que derrubou Fulgêncio Batista. A vivência no país e um encontro com Che Guevara levam-na a deixar uma vida de aparências, a pôr fim ao casamento e a empenhar-se na revolução e nos seus ideais. Regressa a Portugal após o 25 de Abril para visitar o pai na prisão e morre em Julho de 1990, aos 54 anos.
Para a encenadora da peça, a espanhola Helena Pimenta, o que se conta não é apenas a vida de Annie, mas também a crónica de dois países que, em momentos diferentes, vivem as suas revoluções.
Para assinalar a alegria desse período há música ao vivo a acompanhar as cenas. Todavia, “ao mundo de Salazar não corresponde qualquer música, optou-se pelo silêncio (que simboliza a repressão), pelo som do vento”, acrescentou a encenadora, que foi convidada pelo D. Maria II para ler o livro e a levá-lo à cena após a adaptação de texto de Margarida Fonseca Santos.
Com cenografia de José Manuel Castanheira e figurinos de Ana Garay, a peça vai estar em cena a partir de quinta-feira e até 20 de Maio.
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