Tem 41 anos, é presidente da Câmara de Penafiel, e esteve ontem à tarde pela Fnac do Colombo, em Lisboa, para apresentar o seu romance de estreia, ‘A Escrava de Córdova’, que teve honras de apresentação pelo jornalista e escritor José Rodrigues dos Santos. Alberto S. Santos, que falou ao CM sobre a aventura que está a viver, diz que, como tanta gente, a escrita começou com o desassossego. E com um grande desejo de realização pessoal.<br/><br/>
'Todos nós alimentamos o sonho de fazer algo de diferente daquilo que fazemos no quotidiano, quer isso se manifeste em pintura, jardinagem, desporto ou viagens... No meu caso, foi a escrita', conta, acrescentando que a inspiração para o livro chegou de surpresa, na forma de um achado arqueológico na zona de Penafiel em 2006.
'Os historiadores encontraram um candil [lamparina árabe], cuja existência não conseguiam explicar', recorda. 'Isso lançou-me numa investigação sobre a passagem dos árabes pela Península, numa altura em que Portugal ainda não existia, há cerca de mil anos...'
Ano e meio depois, tinha obra feita; mas para que o seu nome não pesasse na escolha, enviou-o à Porto Editores sob o pseudónimo de Júlio Maresia. 'Gostaram do livro e só depois souberam que era eu quem o tinha escrito', acrescenta.
Misturando ficção e realidade, ‘A Escrava de Córdova’ conta uma história de amor proibido entre uma jovem cristã e um muçulmano.
'RECEBO LIVROS DIARIAMENTE'
Autor do prefácio de ‘A Escrava de Córdova’, José Rodrigues dos Santos disse na apresentação que recebe manuscritos com grande frequência – às vezes dois ou três por dia – mas nem todos consegue terminar. 'Acontece com frequência decepcionar-me, sobretudo com livros de pessoas que conheço e sobre as quais alimento expectativas', afirmou. 'Este, porém, foi uma agradável surpresa: começa logo com o bife. A primeira cena é uma cena de rapto, que desde logo me cativou.'
Elogiando a capacidade do escritor em alternar a acção com a apresentação detalhada das personagens, Rodrigues dos Santos disse ainda que uma das mais-valias do livro é não usar os valores do nosso tempo para uma época que não é a nossa. 'Não sei se a pesquisa está bem feita, mas é credível.'
OUTROS CASOS
MOITA FLORES
O ex-inspector da Polícia Judiciária já era escritor e argumentista muito antes de conquistar a Câmara Municipal de Santarém e continua a conciliar essas actividades. No ano passado, lançou o romance ‘A Fúria das Vinhas’ (Casa das Letras), passado na região vinícola do Douro no final do século XIX.
MODESTO NAVARRO
O fundador da Associação Portuguesa de Escritores presidiu, entre 2003 e 2005, à Assembleia Municipal de Lisboa, publicando nesse período ‘A Insubmissa’ (Sete Caminhos). Também José Saramago chegou a ser eleito presidente do mesmo órgão em 1989, no âmbito da coligação de esquerda liderada pelo socialista João Soares.
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