A edição de hoje
Irmãos António e Fradique Mendes Ferreira arriscam-se a fazer história, esta noite, no Estádio da Luz.
Montagens, bailarinas em ensaios, camiões a descarregar material, um corrupio de técnicos sem mãos a medir e jornalistas de todo o imenso Mundo lusófono a entrar e a sair. Calmos (aparentemente!) talvez só mesmo os dois irmãos António e Fradique Mendes Ferreira, mais conhecidos como Calema, o duo de São Tomé e Princípe que esta noite se tornará na primeira banda a fazer-se ouvir na língua de Camões no emblemático Estádio da Luz.
"Este é o momento em que afinamos todos os pequenos detalhes que faltam, o posicionamento, toda a parte técnica. O friozinho na barriga.... está quase a chegar! Mas estamos confiantes. Temos uma casa magnífica!", afirmou António, na véspera do concerto (sexta-feira, 6 de junho), numa das salas reservadas da 'catedral' que, por algumas horas, servirá de camarim. A seu lado, o irmão Fradique lembrou o feito que estão prestes a atingir: "Estamos a fazer história, por toda a gente que está aqui, por todos os que nos estão a ver lá em casa e a todos os que já nem sequer estão entre nós, mas que fizeram tudo o que estava ao seu alcance para que a música cantada em português pudesse ser celebrada desta forma".
Os motivos de orgulho são mais que muitos. A meio da tarde desta sexta-feira, ainda era visível - junto às bilheteiras do estádio - a procura pelos últimos bilhetes disponíveis para um concerto que se arrisca a estar esgotado.
E por tudo isso, os Calema querem estar à altura, prometendo fazê-lo de forma apoteótica. "Vão haver muitas surpresas. Vai ser um show grandioso, diferente de tudo o que o Mundo da lusofonia já viu. De emoções, de partilha, de muita música e dança, mas do coração".
Uma promessa que os Calema querem cumprir já esta noite. A hora oficial de abertura das portas ao público está prevista para as 17h00 e o duo sobe ao palco às 21h00.
A circulação rodoviária e o estacionamento vão estar condicionados até domingo nas artérias mais próximas ao Estádio da Luz, nomeadamente na Avenida Machado Santos e nas ruas confluentes, na Avenida Eusébio da Silva Ferreira, na Impasse à Rua João de Freitas Branco, na Praça Cosme Damião e na Avenida do Colégio Militar.
Quanto ao estacionamento também vão haver restrições. A PSP aconselhou em comunicado que será necessário assegurar alternativas, já que não será possível deixar os automóveis na Avenida Machado Santos, na Impasse à Rua João de Freitas Branco nem na Praça Cosme Damião/Parque da EMEL. As autoridades aconselham a utilização de transportes públicos.
Por sua vez, na Avenida do Colégio Militar está previsto corte do trânsito antes do final do concerto até ao escoamento total do público.
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