A edição de hoje
Ator morreu sábado à noite, vítima de cancro. Tinha 91 anos.
Morreu Camilo de Oliveira
"Existem 5 coisas que interessam num ator: público, público, público, público e público, sem ele um ator nada faz". A frase é de Camilo de Oliveira e descreve na perfeição a receita que conduziu ao seu sucesso, durante mais de sete décadas de carreira. Primeiro no teatro, e mais tarde na televisão.
No passado sábado, às 20h10, o ator morreu. Tinha 91 anos e não resistiu aos dois cancros que enfrentou nos últimos anos. Assim que se soube a notícia, várias colegas prestaram a sua homenagem a Camilo de Oliveira que nasceu, literalmente, no teatro. Mais precisamente num camarote do Teatro Caras Direitas, onde a mãe interpretava Inês de Castro e o pai D. Pedro. "Que vida cheia de histórias que nos deixou. Fui a única a não perceber que já tinha 91 anos?", questionou Jessica Athayde. "Um dos primeiros que fui vendo na TV, até sempre Camilo", escreveu, por seu turno, o ator António Machado.
Camilo de Oliveira nasceu em 1924 e com apenas cinco anos teve a sua primeira presença em palco, embora a sua estreia como profissional só tenha acontecido aos 15 anos. Foi na segunda metade do século XX que o ator se tornou conhecido do grande público. Em 1951 tem a sua estreia na capital, na revista ‘Lisboa é Coisa Boa’. O seu primeiro sucesso.
Durante décadas continua a brilhar no teatro, ao lado de grandes nomes como Beatriz Costa, Raul Solnado, Vasco Santana, Ribeirinho, Ivone Silva, Vítor de Sousa ou Herman José, entre outros.
Na década de 80 o seu talento chegou à casa de todos os portugueses, com ‘Sabá dá bádu’, programa da RTP no qual, entre outros, protagonizou com Ivone Silva ‘Os Agostinhos’. Já nos anos 90, chega à SIC, onde acaba por brilhar em vários programas. O primeiro foi ‘Camilo & Filho, Lda.’, com Nuno Melo, em 1995. Em 2011, despede-se da televisão com ‘Camilo - O Presidente’.
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