Festival apresenta 80 filmes em competição.
A 21.ª edição do FEST -- Festival Novos realizadores, Novo Cinema arranca, este sábado, em Espinho, apresentando 80 filmes em competição, 170 em diversas rubricas de visionamento e um programa formativo com cerca de 40 profissionais de topo.
Até 29 de junho, o evento do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto permitirá assim analisar o que o diretor do certame, Fernando Vasquez, considera "o salto gigante" que a Inteligência Artificial (IA) operou no cinema mundial no intervalo de apenas um ano e a predominância da habitação como tema predominante nas obras de produção portuguesa -- cada vez mais influenciada pelas técnicas introduzidas por cineastas estrangeiros a residir em Portugal.
O panorama sociopolítico internacional também tem reflexo na edição de 2025, como é habitual no festival, e a esse nível destacam-se três obras da secção competitiva, a começar por "Mad bills to pay (or Destiny, dile que no soy malo)", que, apontado como "um dos grandes filmes americanos de 2025 e destinado aos Óscares", recorre ao estilo de realização de Joel Alfonso Vargas para contar como uma gravidez não planeada afeta uma família dominicana a viver nos Estados Unidos.
As outras duas obras são "Lesson Learned", em que o húngaro Bálint Szimler explora o ambiente de um liceu para refletir sobre o sistema educativo após 15 anos de governo por Viktor Órban, e "Happy Hollidays", em que o palestiniano Scandar Copti recorre a "um olhar íntimo e humanista" para expor as dificuldades que as famílias com origem idêntica à sua enfrentam diariamente ao residir em Israel, onde estão sujeitas a um "regime legal específico".
A essas escolhas junta-se ainda "Spring Came On Laughing", de Noha Adel, sobre as vidas escondidas de mulheres egípcias; "The Good Sister", de Sarah Miro Fischer, sobre violência de género e dilemas familiares; e "Cactus Pears", de Rohan Kanawade, que se estreia com uma história de amor LGBTQIA+ na Índia.
No que se refere à competição nacional, dominada por enredos relacionados com problemas habitacionais, Fernando Vasquez salienta "First Date", primeiro filme realizado por Luís Filipe Borges, mais conhecido como apresentador televisivo, e "Arriba Beach", em que o realizador indiano Nishchaya Gera, residente em Portugal, assina "o primeiro thriller erótico português, com conotação LGBT" e interpretação de Inês Herédia.
Já a nível das panorâmicas, o foco é para o cinema da Geórgia como instrumento de resistência política, pelo que o FEST propõe um programa de curtas e longas-metragens por autores como Rusudan Glurijdze, Elene Mikaberidze e Tornike Koplatadze -- que representam uma geração de cineastas que se distingue "pela ousadia formal e pelo compromisso com o presente".
Quanto ao programa Training Ground, vocacionado para profissionais e estudantes do setor, vai contar com 'masterclasses' por oradores como: o espanhol Lucas Ortiz Estefanell, especialista em cinema imersivo; o britânico Martin Percy, premiado pelo seu uso de IA; o iraniano Kaveh Farnam, que ensinará formas de contornar a censura ao gravar em países com regimes políticos opressivos; o filipino Brillante Mendoza, que dará uma aula sobre cinema de guerrilha; o francês Phillipe Rousselot, diretor de fotografia habituado a trabalhar com Tim Burton; e o britânico Chris King, perito na edição de documentários como aqueles em que evocou Amy Winehouse, Ayrton Senna e Banksy.
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