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Festival da Gambôa começa sexta-feira

Cidade da Praia anima-se, pela 22º vez, com os grandes nomes da música africana e da diáspora.

16 de maio de 2014 às 21:03

O Festival da Gambôa é um dos três festivais (Gatas e Santa Maria são os outros dois) que todos os anos dão nova vida, cor e ritmo ao arquipélago de Cabo Verde.

O Gambôa acontece há 22 anos, na Ilha de Santiago e, no cartaz, inclui nomes da música cabo-verdiana, da diáspora, bem como de outros pontos do globo. Este ano, o festival decorre de 16 a 18 de maio.

No primeiro dia de festival, a inauguração do Palco Gambôa está a cargo do grupo ‘Fogo All Satar’, da Ilha do Fogo, que prometem trazer o melhor do género talaia baixo à cidade da Praia, num concerto que se espera altamente interativo com o público e que, com certeza, contará com o improviso natural do estilo.

Deisy Almeida, estrela em ascensão da música cabo-verdiana, vai emprestar a sua voz aos grandes êxitos do músico Katchás, natural de Santa Cruz (como a cantora), numa sincera homenagem à tradição.

O outro nome feminino do primeiro dia é Tanya Saint Val, a voz quente e sedutora das Antilhas que conta já com 25 anos de carreira e traz o seu zouk ao Gambôa este ano.

O cantor DJODJE não podia estar mais em casa. Natural da cidade da Praia, tem gozado de sucesso nacional e internacional (pela diáspora) desde 2001. Ídolo jovem com uma sonoridade que associa o tradicional de Cabo Verde ao ‘pop’ e R&B’, o seu último disco ‘Feedback’ conta com a participação de Nelson Freitas.

Os Tabanka Djaz são uma das referências musicais da Guiné, com sucesso cimentado internacionalmente. Formada em 1989, quando os irmãos Micas, Juvenal e José Carlos Cabral se juntaram a Aguinaldo Pina e Rui Silva. Há 11 anos sem gravar, editaram este ano ‘Depois do Silêncio’, onde continuam a associar a tradição instrumental ao som tropical da Guiné. São o último nome do primeiro dia do festival Gamboa.

Em entrevista ao CM, mesmo antes da partida da banda de Portugal para Cabo Verde, Micas Cabral (o vocalista e guitarrista dos Tabanka Djaz) fala num “regresso a casa”:

“A carreira internacional dos Tabanka nasceu precisamente em Cabo Verde – é a nossa casa! Aquele público maravilhoso de quem temos muita saudade… Todos estamos expectantes pelo Gamboa. É o relembrar. Acreditamos na festa do reencontro com o público da Praia.”

Enquanto veterano, Micas Cabral anseia pelo “reencontro com amigos e o relembrar de momentos brilhantes”.

“O mais importante é a partilha, brincarmos uns com os outros, com o público. Afinal, estamos em casa”, reforçou. Micas afirma ainda que os Tabanka estão impressionados com a expansão internacional da música africana: “enquanto se continuar a fazer boa música africana, fiel às raízes, é muito bom”, concluiu.

É mesmo essa a premissa do Festival Gamboa: a fusão da tradição sonora de Cabo Verde, o batuque, o colá, a coladeira, o funaná, a morna e a tabanca, com a modernidade.

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