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Harry Potter pela hora da morte (COM FOTOGALERIA)

Nenhum lugar é totalmente seguro. Este é o principal problema com que se deparam ‘Harry Potter’ (Daniel Radcliffe) e os seus inseparáveis amigos, ‘Ron’ (Rupert Grint) e ‘Hermione’ (Emma Watson), no penúltimo filme da saga do jovem feiticeiro, que estreia hoje em todo o País.

18 de novembro de 2010 às 00:30

O trio, bem mais maduro do que nos primeiros filmes da saga, deixa de lado toda a inocência e abraça a aventura e a coragem necessárias para cumprir a missão que lhes foi legada pelo professor ‘Dumbledore': destruir todos os Horcruxes, os objectos que permitem a imortalidade a ‘Voldemort', para, de uma vez por todas, terminar o ‘reinado' do mais diabólico feiticeiro que alguma vez pisou a Terra.

‘Harry Potter e os Talismãs da Morte - Parte 1', primeira metade do último livro escrito por J. K. Rowling, marca o início da etapa decisiva do percurso dos três jovens, que serão obrigados a abandonar o conforto dos seus lares e de Hogwarts, que deixou de ser seguro após a morte do director, e partir à aventura na busca dos Horcruxes.

Uma missão que se tornará complicada, não apenas pelos Devoradores da Morte, que se atravessam pelo caminho, mas também pelo despertar de sentimentos, como o ciúme, que pode desestabilizar o trio, havendo mesmo espaço para uma cena mais erótica, protagonizada por ‘Harry Potter' e ‘Hermione', em que, estando ambos nus, trocam carícias e beijos.

Ao longo de quase duas horas e meia (146 minutos), repletas de acção do princípio ao fim, em que ‘Potter' e companhia terão de aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo de sete anos, o grupo fica a conhecer a existência de três objectos lendários que controlam a morte: a Varinha das Varinhas, a Pedra da Ressurreição e o Manto da Invisibilidade.

É assim que a saga mundial se aproxima do fim, quase dez anos depois da primeira adaptação ao cinema (2001). David Yates, pela terceira vez no papel de realizador, mostra a história de J. K. Rowling com menos inocência e dirige-se sobretudo a um público adulto, acompanhando o crescimento das próprias personagens.

Com um orçamento de aproximadamente 184,8 milhões de euros, a primeira parte de ‘Harry Potter e os Talismãs da Morte' promete fazer as delícias de milhões em todo o Mundo, apesar de, ao contrário do que estava previsto, não ser lançada em 3D.

DUELO FINAL FICA AGENDADO PARA JULHO DE 2011

A segunda metade de ‘Harry Potter e os Talismãs da Morte' tem estreia marcada para Julho de 2011. O derradeiro duelo entre ‘Harry Potter' e ‘Voldemort' será o primeiro filme da série a ser adaptado a três dimensões. Aqui se irá decidir o destino do Mundo, se o jovem feiticeiro irá vingar a morte dos pais ou se o Mal irá triunfar sobre o Bem. Certo é apenas o facto de, ao fim de dez anos, ter chegado o momento de Radcliffe dizer adeus a ‘Potter'.

SAGA MILIONÁRIA TEVE INÍCIO EM CAFÉS DO PORTO

Joanne Kathleen Rowling tem a sua fortuna ligada a Portugal, onde viveu cinco anos . Em 1992, casou--se com o jornalista Jorge Arantes, tendo iniciado o primeiro livro das aventuras de ‘Potter' durante manhãs passadas nos cafés do Porto. O manuscrito foi concluído em Edimburgo, na Escócia, para onde se mudou com a filha depois de se ter divorciado do português.

ENTREVISTA: EDUARDO SERRA

"COM O 3D NÃO SERIA VALORIZADO"

Correio da Manhã - Pela primeira vez participa numa saga. Sentiu que não se podia afastar muito do trabalho dos seus antecessores?

Eduardo Serra - É um trabalho que tem alguma responsabilidade, mas é, sobretudo, uma competição. Quanto ao seguimento do trabalho, de qualquer forma, não é uma decisão nossa. Tem que ver com a dimensão do projecto, do estúdio... Não se pode debulhar muita coisa. Digamos que um terço é apenas nosso, mas, quanto ao resto, não há nada a fazer.

- Como foi trabalhar com o realizador David Yates?

- Ele é bastante rigoroso. Garante que tem o necessário para poder trabalhar. Não faz nada de esquisito. Não trocámos muitas ideias. Ele tem o seu próprio sistema de trabalho. Damos-lhe o material e depois ele junta tudo.

- Teve oportunidade de falar com os actores do filme?

- Sim. Eles são muito amigáveis. Nunca houve problemas. Era um ambiente espantoso.

- O filme esteve para ser adaptado a três dimensões...

- A ideia surgiu há três ou quatro meses. Um dia, quando o filme já estava quase pronto, começaram a dizer: "Vamos fazer em 3D." Assim de repente. Mas o meu trabalho não seria valorizado com o 3D. Exige muita luz, o que torna a imagem mais pesada...

- Se a autora escrevesse um novo livro sobre ‘Potter', gostaria de voltar a ser o director de fotografia do filme?

- Acho que não. Passei ali mais de ano e meio. Penso que não vale a pena voltar.

PERFIL

Eduardo Serra nasceu em Lisboa há 67 anos. A viver no estrangeiro, ganhou vários prémios e foi nomeado para o Óscar de Melhor Fotografia com ‘A Rapariga do Brinco de Pérola' e ‘Nas Asas do Amor'.

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