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Maternidade Daniel de Matos acusada de ter deixado morrer um bebé na barriga da mãe

Família da mulher que estava final de gravidez diz que o bebé tinha sinais vitais quando deu entrada no hospital.

04 de novembro de 2025 às 01:30

Um bebé morreu na barriga da mãe, que estava em final de gravidez, em Coimbra. O caso ocorreu na maternidade Daniel de Matos, para onde a grávida foi encaminhada por se ter sentido mal.

A família acusa o hospital de negligência e falta de assistência médica e vai avançar com uma queixa.

Trata-se de uma grávida, de 43 anos, que estava em final de gravidez, que foi acompanhada na maternidade Bissaya Barreto, onde teve a última consulta na quinta-feira sem lhe ter sido detetado qualquer tipo de problema.

No fim-de-semana, a mulher sentiu-se mal e foi encaminhada para a maternidade Daniel de Matos, onde diz que os sinais vitais do bebé estavam bem, depois de ali ter dado entrada, mas terá estado muito tempo sem qualquer tipo de assistência e monitorização.

Quando voltou a ser vista pela equipa médica, foi-lhe comunicado que o bebé estava morto e ficou várias horas à espera que o retirassem do seu ventre. Já depois disso a grávida terá tido complicações e esta segunda-feira terá ido ao bloco operatório, segundo disse a sua irmã Vera Carvalho.

O CM confrontou a Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra, que confirmou que "deu entrada no dia 1 de novembro, às 22H29, na urgência da Maternidade Dr. Daniel de Matos, uma grávida com 37 semanas e 3 dias, após episódio de hemorragia no domicílio". "Tratava-se de uma grávida seguida na Maternidade Bissaya Barreto (MBB), com vigilância e evolução adequadas. A doente havia tido consulta a 29 de outubro, com avaliação clínica completa, ecografia e cardiotocografia, com todos os parâmetros dentro da normalidade", descreve.

"À chegada à Urgência, foi decidido o seu internamento, bem como a realização de exames complementares de diagnóstico, indicados neste contexto. A cardiotocografia detetou ausência de vitalidade fetal [morte do bebé], imediatamente confirmada através de ecografia. A grávida foi devidamente esclarecida da situação e oferecido apoio psicológico. Foi realizada cesariana, nomeadamente por indicação clínica prévia por patologia ginecológica preexistente. Dados ecográficos e de geneticista confirmaram sinais de morte fetal prévia", esclarece a ULS, que acrescente aguardar os resultados da autópsia e que "a utente revela uma boa evolução pós-operatória, continuando internada e devidamente acompanhada". "A ULS de Coimbra manifesta sincera empatia e solidariedade para com a mãe e a família", concluiu.

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