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IVA nas touradas vale polémica à ministra da Cultura

Graça Fonseca decidiu manter o IVA a 13% nos eventos tauromáquicos e provoca reações a favor e contra.

07 de novembro de 2018 às 01:30

É a primeira grande decisão da nova ministra da Cultura e já está a dar que falar. Graça Fonseca disse esta terça-feira no Parlamento que tenciona manter a taxa de IVA de 13% para os espetáculos tauromáquicos e sublinhou que "há valores civilizacionais que diferenciam políticas".

"Todas as políticas têm na sua base valores civilizacionais que partilhamos e perfilhamos e as civilizações evoluem", afirmou a ministra que substitui na pasta o poeta e diplomata Luís Castro Mendes e que tomou posse no passado dia 15 de outubro.

A voz que mais se fez ouvir na contestação foi a de Teresa Caeiro, deputada do CDS-PP, que, no seu discurso, disse que não compete ao Governo definir o que são, ou não, atos de civilização. "Usar o Fisco como forma de discriminação de uma forma cultural legítima tem um nome: é censura", afirmou.

As reações ao debate não se fizeram esperar, com a Pró-Toiro – Federação Portuguesa de Tauromaquia, a pedir a demissão da ministra através de uma petição pública que ontem tinha sido subscrita por cerca de cinco mil pessoas e, do outro lado da barricada, com a Associação Animal a manifestar o seu total apoio e solidariedade para com Graça Fonseca.

"O linchamento que a ministra está a sofrer por parte de vários grupos de aficionados das touradas, onde se incluem algumas figuras públicas, como é o caso do poeta Manuel Alegre, é aviltante", pode ler-se em comunicado, assinado por Rita Silva.

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