A edição de hoje
Cantor caiu de uma altura de cerca de 15 metros da varanda de um hotel. “Hemorragias internas e externas no crânio, tórax e abdómen” conduziram à sua morte.
A principal pergunta ainda está por responder. Foi a morte de Liam Payne, aos 31 anos, acidental ou propositada? O cantor caiu quarta-feira à tarde de uma altura de dez a quinze metros, do terceiro andar de um hotel em Buenos Aires, na Argentina, mas as circunstâncias ainda estão por esclarecer. O alerta foi dado por volta das 17h00 (21h00 em Lisboa), com Payne a ser encontrado caído no pátio interior do hotel, e a morte confirmada minutos depois. Uma hora antes tinha publicado uma foto com a namorada, Kate Cassidy, no quarto da unidade hoteleira. A autópsia, ontem tornada pública, conclui que “a causa da morte determinada macroscopicamente foi politraumatismo, hemorragia interna e externa”. Acrescenta, ainda, que “as lesões cranioencefálicas foram suficientes para causar a morte, enquanto hemorragias internas e externas no crânio, tórax, abdómen e membros contribuíram para o mecanismo da morte”. Esperam-se agora os resultados histopatológicos, bioquímicos e toxicológicos. A verdade é que pouco antes da tragédia, um funcionário do hotel, numa chamada de emergência, já manifestava a sua preocupação pela vida de um hóspede que estava “a consumir drogas e álcool em excesso”.
Quando começaram a ser divulgadas as primeiras notícias da morte de Payne, dezenas de fãs dirigiram-se para a porta do hotel para uma vigília, que se prolongou noite dentro.
“Quero acordar amanhã e perceber que afinal tudo isto foi mentira”, dizia uma fã chorosa. Também a família do cantor, em declarações públicas, manifestava-se ontem “completamente devastada” com a notícia.
“O Liam vai viver para sempre nos nossos corações e vamos lembrá-lo pela sua alma generosa, divertida e corajosa.”
Álcool, drogas, violência e relações abusivas
Pouco depois de ser anunciada a morte de Liam Payne, várias fotos do quarto de hotel do cantor começaram a ser divulgadas. Nelas via-se um televisor partido e vestígios de um pó, provavelmente droga, fósforos, restos de velas e papel-alumínio. O cenário condizia, afinal, com os últimos anos da vida de Payne, profundamente marcados por drogas, álcool, dependências e relações abusivas. Recentemente, uma antiga namorada denunciava mesmo uma relação tóxica que tinha mantido com o cantor. Tendo saltado do anonimato para a fama de forma meteórica, graças aos One Direction, Payne foi confrontado muito cedo com o estilo de vida caótico, tendo chegado a admitir que se mantinha propositadamente alcoolizado para conseguir aguentar a pressão. A reboque vieram as drogas. Fez vários tratamentos de reabilitação, o primeiro logo um ano após o fim dos One Direction, em 2016. Durante o tratamento, reconheceu que estava insatisfeito com a pessoa na qual se havia tornado. Depois ele dizia que regressar ao “mundo exterior” havia sido assustador.
Fenómeno que durou seis anos
Nascido a 29 de agosto de 1993 em Wolverhampton, Reino Unido, Liam Payne ficou conhecido ao ser selecionado no programa ‘The X Factor’ para integrar uma nova boysband, os One Direction, em 2010. Ao lado de Harry Styles, Zayn Malik, Niall Horan e Louis Tomlinson encontrou o sucesso à escala global. Depois do fim do grupo, em 2016, arrancou para uma carreira a solo que, no entanto, nunca teve o sucesso do coletivo.
Amores e paternidade
Liam Payne teve vários relacionamentos mediáticos, mas foi o namoro com a cantora Cheryl Cole que mereceu mais atenção. A relação durou entre 2016 e 2018 e dela resultou um filho, Bear, hoje com sete anos.
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