Primeiro caso oncológico foi diagnosticado em 1996. Nos últimos cinco anos debateu-se com cancro na mama, pulmão e fígado.
 
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Há vinte e oito anos que Marco Paulo lutava contra o fantasma do cancro. O primeiro caso foi-lhe diagnosticado em junho de 1996. Noticiado na altura como um cancro no abdómen, só muito recentemente o cantor revelou, em entrevista ao Correio da Manhã, que afinal se tinha tratado de um cancro no testículo direito.
"Como foi uma coisa muito íntima, nunca me senti muito confortável a falar dela e fui sempre preferindo manter o silêncio. Na altura, estas coisas também eram quase tabu", justificava. Chegaram a dar-lhe dois meses de vida e a sua recuperação foi mesmo considerada um milagre.
O cancro voltou a ensombrar a vida de Marco Paulo nos últimos cinco anos. No final de 2019 era-lhe diagnosticado um cancro da mama, problema detetado no decorrer de uma consulta para retirar um sinal. Em pouco tempo, o cantor dava entrada no bloco operatório do Hospital CUF Des- cobertas, em Lisboa, para retirar a mama direita e os gânglios linfáticos da axila. Seguiram-se ainda vários tratamentos de quimioterapia. Mas os episódios oncológicos estavam longe de terminar.
Em junho de 2022, o artista recebia novo diagnóstico, desta feita um cancro no pulmão. "A minha médica disse-me que tinha de ser tratado o mais rápido possível, para que não se alastrasse para outros órgãos do corpo", dizia. Viriam a seguir-se novos tratamentos de quimioterapia e até um internamento para retirar líquido do pulmão.
O último cancro, aquele que viria a revelar-se fatal, no fígado, foi-lhe diagnosticado já em janeiro deste ano. Três nódulos obrigaram-no a uma luta de nove meses com vários tratamentos que, já no início de outubro, acabariam por ser suspensos. Nada mais havia a fazer. "Para onde vou, não sei, só não quero ser cremado. Quero ir para a terra, quero paz", disse à revista ‘TV Guia’.
REAÇÕES
Marcelo R. de Sousa, Presidente da República - "Era uma pessoa profundamente boa, amigo dos seus amigos. Tinha uma grande disponibilidade e paciência. Por ser amigo dele, hesitei em condecorá-lo. Foi um exemplo de luta"
Luís Montenegro, Primeiro-ministro - "Presto homenagem a uma grande referência da cultura portuguesa. Deixa um legado musical marcante, que atravessa gerações e une Portugal"
Dalila Rodrigues, Ministra da Cultura - "Imensamente popular, foi um dos artistas portugueses mais acarinhados das últimas décadas. O seu contributo no cancioneiro da música portuguesa é ímpar"
Tony Carreira, Cantor - "Um grande artista que sempre amou a vida e tanto lutou por ela. Espero do fundo do coração que esteja num sítio especial e faça um dueto com a minha filha"
Simone de Oliveira, Cantora - "Era um homem simples, de fé inabalável, que lutou até ao fim. Uma voz inesquecível. O que ele gostava era de cantar, de guardar os seus discos, as suas recordações"
Daniel Oliveira, Diretor de programas da SIC - "Quis cantar até ao fim, quis fazer o programa até ao fim. Quis receber todos até ao fim. Quis ser tudo até ao fim. Rimo-nos todas as vezes em que estivemos juntos. Todas mes- mo, até nas últimas"
Emanuel, Cantor - "Era uma espécie de Sinatra português, que ninguém tenha dúvida disso. Fica a estrela e o grande artista, o corpo partiu mas ele vai ficar aqui por décadas"
Toy, Cantor - "Éramos muito amigos. Foi uma referência da música ligeira portuguesa, o cantor romântico que vai ficar para sempre na história portuguesa. Cantou e encantou"
Herman José, Humorista - "Imprevisível, talentoso, lutador, brincalhão, úni- co. A parte triste foi esta angústia de viver e lutar contra esta doença implacável. Fica na história como uma memória boa"
Ana Marques, Apresentadora - "Uma pessoa em estado puro, no bem e no mal. Tínhamos uma relação de irmãos. Mas não podia esperar mais. Ele esgotou toda as possibilidades de luta"
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