Isabel Figueiredo recebeu coro de críticas por dizer que formato tem "valor cultural nulo". Pedro Chagas Freitas e Joana Amaral Dias já se manifestaram.
 
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"Não aguento o chinfrim"; "Sempre foi mau", "já não se justifica"; "Parou no tempo" e tem "valor cultural nulo". Estas são algumas das criticas que a escritora Isabela Figueiredo, vencedora do Prémio Urbano Tavares Rodrigues, dirige ao programa 'O Preço Certo', da RTP, emitido, com sucesso de audiência, há mais de duas décadas. Num artigo de opinião, publicado no Expresso, Isabela fala do público do programa que parece "os familiares da terrinha, que visitamos no Natal"; questiona "para que estamos a financiar a nulidade com os nossos impostos?" e deixa mesmo uma sugestão: "Que tal descontinuar-se o conteúdo e fazer um programa de música e teatro para entreter antes do jantar?".
As críticas não passaram despercebidas e valeram à escritora um arraso nas suas redes sociais: "A ignorância de quem se acha superior", "Opinião da elite bacoca"; "Pobre senhora que não respeita e agride os gostos de pessoas que vivem em solidão"; "Perdeu uma bela oportunidade para estar calada" foram alguns dos comentários, aos quais se juntaram as opiniões de alguns famosos. O também escritor Pedro Chagas Freitas lembra que "não somos todos uma coisa só", e afirma: "Eu sou da terrinha. Eu adoro os livros da Isabela Figueiredo. Eu admiro o Preço Certo. Eu vou ao teatro. Eu vou ao Senhor de Matosinhos. Eu leio Dostoiévski, e Pasternak... Eu leio a Maria, e a Nova Gente, e a TV 7 Dias. Eu vejo futebol. Eu ouço música clássica. Eu como pão com chouriço. Eu vejo o Big Brother. Eu amo Herberto Helder".
Também Joana Amaral Dias não poupou Isabela Figueiredo, acusando-a de "snobismo triste de quem acha que o povo é uma coisa menor". Num pequeno vídeo diz que "O Preço Certo é o Portugal Real, da gargalhada da partilha e da autenticidade" e remata: "o que incomoda certos intelectuais não é o barulho do povo, é o facto dele existir, feliz, livre e sem pedir licença". Já a cantora Né Ladeiras escreveu, nas redes sociais, que o texto de Isabela Figueiredo "transforma o gosto popular em culpa fiscal" e "estética em moral tributária". Fala também de um "mal-estar de uma elite que olha o povo com uma mistura de ternura e vergonha".
Recentemente, também num dos seus Postais do Dia, Luís Osório tinha abordado a fenómeno do 'Preço Certo' e do seu apresentador Fernando Mendes. "Sei que há quem acredite que não é serviço público o que faz, que os nossos impostos não deviam servir para lhe pagar o ordenado", começa por escrever na sua crónica. "Sempre que passo no Preço Certo deixo-me ficar um pouco. Faço-o por respeito ao que é e representa para tanta gente e há tantos anos. Gente humilde que ali é tratada sem artificialismos, paternalismos ou outros “ismos” que são regra no jogo da comunicação".
Num longo texto de elogio, Luís Osório lembra a figura popular que "curiosamente, ao contrário de tantos que não tiveram metade da sua importância, só agora foi condecorado. Louve-se Marcelo por ter percebido que ele abraça todos os dias há 42 anos os portugueses que menos abraços tiveram ao longo da vida, os mais humildes entre os humildes, os das aldeias mais recônditas, os que o celebram, o abraçam e lhe perguntam ou respondem como se Fernando Mendes fosse da família".
Desagrada com as criticas, Isabela Figueiredo, recorreu às redes sociais, para se explicar e voltar a defender a sua posição, numa espécie de carta aberta em que se dirige aos "supremos e orgulhosos ignorantes inconscientes da sua ignorância, fruto de verem muitos 'Preço Certo' e programas "cultura zero", que pululam os canais de televisão". Num longo texto acusa, os que leram a sua crónica, de "não ter capacidade de ler e interpretar" e volta a questionar o utilidade do programa: "Serve para quê? O que se aprende? Nada. Nem os preços, que mudam todos os dias".
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