page view

Museu de Peniche vai custar 3,5 milhões de euros

Três milhões de euros serão financiados por fundos comunitários e 500 mil euros virão do OE.

30 de maio de 2018 às 01:30

A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) entregou esta terça-feira ao arquiteto João Barros Matos e ao atelier que coordena – o AR4, Arquitectura Lda – o projeto para o Museu Nacional da Resistência e da Liberdade (novo nome para o antigo Forte de Peniche).

O valor do projeto de arquitetura cifra-se em 256 mil euros, mas o valor total do investimento na recuperação do espaço, respetiva muralha e da instalação do museu chegará aos 3,5 milhões de euros, sendo que deste valor três milhões serão financiados por fundos comunitários e só 500 mil euros provêm do Orçamento do Estado para 2018.

O projeto vencedor do Concurso Público foi escolhido entre 22 candidatos e vai receber um prémio de cinco mil euros. O júri, composto pelos arquitetos Alexandre Alves Costa, João António Serra Andrade, João Mendes Ribeiro e Sofia Aleixo e pelo designer Henrique Cayatte, considerou que o projeto de João Barros Matos é "muito contido e algo sombrio, de acordo com a natureza dramática do seu conteúdo central".

Barros Matos é especialista em Recuperação do Património Arquitetónico e Paisagístico e, entre as suas obras mais notáveis, conta-se a Estalagem da Casa Branca no Funchal (que assinou em coautoria com João Favila), que recebeu o prémio de arquitetura da cidade do Funchal e que esteve nomeada para o Prémio Mies Van der Rohe Price, em Barcelona, e para o Prémio Secil, em Lisboa.

A transformação do Forte de Peniche em museu aconteceu depois da polémica que envolveu o projeto ‘Revive’. Inicialmente, o Governo tencionava concessionar o espaço a privados, para que aí se fizesse um hotel. Perante os protestos retrocedeu e anunciou a construção de um museu.

SAIBA MAIS 

1938

Foi o ano da elevação do Forte de Peniche a Monumento Nacional. Localizada no distrito de Leiria, a fortificação implanta-–se na encosta sul da Península de Peniche, sobre as arribas. Entre 1934 e 1974, durante o Estado Novo, funcionou como prisão política para os opositores de Oliveira Salazar.

Fuga histórica de Cunhal

No dia 3 de janeiro de 1960, deu-se a evasão coletiva de presos políticos mais importante de sempre no nosso país. Quadros do Partido Comunista Português, entre os quais o líder Álvaro Cunhal, conseguiram fugir de Peniche. O automóvel da fuga era conduzido pelo ator Rogério Paulo, já falecido.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8