Nicolau Breyner tinha vários compromissos profissionais.
Na segunda-feira, os alunos ainda esperaram por Nicolau Breyner, que ia todos os dias à NB Academia, a escola de atores que fundou em 2014. Mas o professor não chegou. Alarmadas, as funcionárias ligaram-lhe para casa e, na ausência de resposta, telefonaram à ex-mulher, Cláudia Fidalgo Ramos, que vive no mesmo prédio. O ator – mas também argumentista, produtor e realizador, homem de todos os ofícios nas artes do espetáculo – estava morto. Ele, que sobreviveu a um cancro na próstata em 2009, viu o coração parar aos 75 anos.
Numa das últimas entrevistas que deu ao Correio da Manhã, disse que gostava muito de viver – embora várias vezes já tivesse repetido que não gostava de "ser velho" – mas que não temia a morte. "Não tenho grandes pesos na consciência e por isso sou feliz", afirmou.
Desde o divórcio de Mafalda Bessa, no ano passado, que vivia sozinho, mas a nível profissional as coisas não podiam estar a correr melhor. Além das aulas, Nicolau estava a gravar a novela ‘A Impostora’ e preparava-se para viajar para o Brasil, na sexta-feira, gravar um filme de ficção científica.
A produção ainda não sabe o que fazer relativamente à novela, e a NB Academia cancelou as aulas em homenagem ao fundador da escola.
O corpo de Nicolau Breyner, tapado dos olhares pela família à saída de casa, vai ser autopsiado hoje. Depois, o artista será velado, na Estrela, e o seu corpo cremado, conforme vontade expressa do próprio.
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