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"Os discos são a nossa montra"

Cantor inicia digressão com concertos no Coliseu de Lisboa.

28 de abril de 2015 às 00:01

Correio da Manhã – Que surpresas está a preparar para os concertos do Coliseu?

Anselmo Ralph – Basicamente, vamos ter seis músicas que não são conhecidas, três músicas inéditas, três outras que saíram num trabalho mais antigo, mas estou confiante que o público se vai divertir. O coliseu acaba por ser um concerto mais intimista. Estamos a fazer tudo para que seja diferente de outros que já fiz no mesmo espaço.

 

– Como está a sua agenda de concertos para este ano?

– Tenho uma boa lista. Acredito que vai ser um ano em grande, mas o trabalho não para aqui, satisfazer as pessoas que lá vão estar é que é a verdadeira vitória.

 

– Em junho lança ‘After Party’. Em que é que este disco será diferente dos anteriores?

– É uma celebração de dez anos de carreira muito bons. Atrevi-me a fazer músicas mais mexidas, mais dançantes. Abordei também outras questões para além do amor. Será um disco mais curto, em vez das 16 faixas terá 11 e a segunda parte virá mais tarde, com umas cinco músicas.

 

– No mercado atual ainda faz sentido gravar álbuns?

– Financeiramente, o artista ganha mais com os espetáculos. Tento respeitar o álbum porque é como se fosse o portfolio do artista. É algo físico, que as pessoas podem dizer ‘este é o álbum lançado em 2015, dia 20 de junho’. Os discos são a nossa montra e os espetáculos a loja.

 

– Quais são as suas maiores influências musicais?

– Tenho influências que não têm nada a ver com aquilo que faço, como por exemplo Juan Luís Guerra, Bob Marley, Laren Hill… gosto de tudo um pouco.

 

– Ainda fica nervoso a antecipar a reação do público?

– O nervosismo é natural e desafia-me a querer fazer melhor. Se relaxar é o princípio da queda.  Tudo o que sobe tem de cair, mas quanto mais tempo puder planar, melhor.

– Foi jurado num programa de televisão, como foi a experiência?

– Fantástica. Fez com que as famílias portuguesas me conhecessem mais, como artista e como indivíduo.

 

– É para repetir?

– Gostaria de repetir, vou fazer um programa parecido em Angola e, sim, gostaria de repetir a experiência em Portugal.

 

– Como lida a família com as ausências?

– Hoje tento não ficar muito tempo sem os ver e prefiro viajar para Luanda para estar com eles mesmo que tenha poucos dias. É um sacrifício passar tanto tempo em aviões, mas é o melhor, até porque a minha filha está numa fase em que tenho de lhe falar das minhas viagens com alguma antecedência e mesmo assim é uma choradeira.

 

– Gostava que os seus filhos fossem músicos?

– Não [risos]. Amo a música, mas é muito difícil mantermo-nos focados e com os pés assentes no chão.

 

– Arrepende-se?

– Nunca! A música trouxe-me momentos inesquecíveis, mesmo que o meu sucesso acabe hoje, não me arrependo.

 

– Falou-se que iria ser operado, chegou a ser?

– Não cheguei a ser, estou bem. Não quero que as pessoas me vejam como um coitadinho. Estou bem, estou a fazer o meu trabalho e pronto para outra.

 

Perfil:

Anselmo Cordeiro da Mata Nasceu em Luanda em 12 de março de 1981. Estudou Contabilidade em Nova Iorque, onde o pai, diplomata, estava destacado. O pai dava-lhe casa e comida, mas ele tinha de trabalhar para sustentar as restantes necessidades. É casado com Madlice Castro e tem dois filhos, Alícia e Jason.

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