Artista apresenta-se esta sexta-feira, dia 5, no Capitólio, em Lisboa.
O nome Mário Cotrim talvez não seja muito familiar para a maioria das pessoas, mas quem está especialmente atento ao hip hop, sabe perfeitamente quem é Profjam. Aos 27 anos, aquele que já é considerado, por muitos, como um dos mais influentes rappers nacionais sobe esta sexta-feira ao palco do Capitólio, em Lisboa, para a apresentar o disco de estreia.Profjam é, neste momento, um dos nomes mais falados no panorama da música portuguesa. O seu disco de estreia entrou diretamente para o primeiro lugar do top. Como é que estás a lidar com as atenções que estão colocadas sobre ti?
Está a ser muito pacifico (risos). Qualquer músico gosta de ser reconhecido pelo seu trabalho e isso está agora a acontecer comigo. Mas estou sempre com a cabeça no lugar e sempre a olhar para a frente.
Mas isto demorou mais a acontecer do que estavas à espera?
Não. Nunca se sabe quanto tempo é que estas coisas levam. O importante para mim é que agora consegui lançar o meu primeiro disco.
Mas o Profjam já andava nestas lides há mais de dez anos!
E em que é que essa passagem por Londres foi determinante?
Foi importante porque estudei muito por lá, de produção audio até music business. Aprendi muito sobre música e quando regressei vinha com uma mente muito mais aberta em todos os sentidos. Depois foi pegar nas ideias todas e arrancar.
O que é que este primeiro disco diz agora sobre ti?
Este disco é uma ambição artística. Tudo foi pensado ao pormenor, começando pelo produtor, o Lhast. Acho que este disco reflete muito o meu estado de espírito atualmente e como cheguei até ele. É um disco do ‘agora’, mas espero também que seja para sempre. Acho que é um disco que revela muita honestidade intelectual e que pode inspirar muito as pessoas a focarem-se nelas e a ignorarem o resto da paisagem. É uma música para assumir e não para desculpabilizar. Há sempre um lado de grande exposição para quem escreve as suas letras. Esse processo é pacifico?
Eu não sou muito biográfico no seu sentido literal. Se calhar sou biográfico mais num sentido abstrato. Escrevo sobre aspetos menos concretos da vida, mais sobre pensamentos. Não escrevo, por exemplo, sobre a namorada, ou a escola ou coisas mais factuais.
Tem estado muito em cima da mesa a discussão entre o Trap (uma espécie de sub-categoria do hip-hop) e o hip-hop mais clássico. Esta é uma discussão que merece a tua atenção ou nem por isso?
Sim claro que merece. Acho que é preciso dar tempo ao tempo. O hip hop todo cresceu. O próprio hip-hop underground também evoluiu. Eu acho que tudo o que tenha a ver com criatividade tem o seu espaço e todos os sub-genéros podem coexistir e viverem ao mesmo tempo. Eu gosto de pizza e gosto de hambúrguer e não tenho que escolher um em detrimento do outro. Eu tanto gosto do Eminem, como gosto do 50 Cent. Desde que as pessoas gostem há sempre espaço para tudo.
Sentes que descobriste um estilo próprio?
Eu gosto de pensar que sim, mas o meu estilo há-de ser uma mixórdia de vários estilos que eu consumo há anos. Eu gosto muito de ouvir doisas diferentes e fazer o meu menu. E tenho a noção de que esta coisa do estilo não é algo estático.
Como é que o hip-hop começou a chamar-te a atenção?
Desde puto que eu gostava muito de ouvir hip hop, mas o meu mergulho no género deu-se quando a minha irmã me trouxe um disco do Eminem e do Jay-Z. Aquilo começou por me atrair pela forma, pelo facto facto de não ser uma coisa propriamente cantada, mas depois descobri o conteúdo e fiquei deslumbrado.
E foi rápido até descobrires que podias também escreveres as tuas ‘cenas’?
Eu em miúdo já escrevia e sempre gostei de rimas. Quando nas aulas de português me perguntavam se eu preferia uma composição ou um poema, eu escolhia sempre o que me fizesse rimar.
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