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Quando a arte moderna nos põe a rir

António Pires estreia peça famosa no Teatro Maria Matos.

09 de setembro de 2025 às 01:30

Um quadro em branco é arte? Uma tela pintada de branco, com riscas brancas, merece que se pague muitos milhares de euros por ela? É o assunto de ‘Arte’, o texto de Yasmina Reza que já correu Mundo – e colecionou prémios (incluindo um Tony para melhor peça do ano) – e que Portugal já viu duas vezes. A primeira em 1998, com António Feio, Miguel Guilherme e José Pedro Gomes; a segunda em 2016, com Adriano Luz, João Lagarto e Vítor Norte. Mas como o humor deste texto não se esgota (acaba de estrear uma nova montagem em Nova Iorque, com gente famosa do cinema), chegou a vez de Cristóvão Campos, Nuno Lopes e Rui Melo interpretarem a peça sob a batuta de António Pires. Ao CM, o encenador explica que “este trabalho surge na continuidade de outros feitos com a Força de Produção” e que não hesitou em levar à cena “um texto tão bonito e ao mesmo tempo tão inteligente”, que “questiona a arte moderna ao mesmo tempo que põe à prova a amizade profunda entre três homens que se estimam além das opiniões divergentes que possam ter”.

“A nossa versão é atual”, garante. “Quem já viu a peça em cena, pode regressar porque este trabalho foi pensado para o espectador de 2025”, sublinha António Pires, que se diz muito agradado com o elenco escolhido. “São três bons atores de comédia – já tinha trabalhado com o Nuno [Lopes] e com o Rui [Melo], só o Cristóvão [Campos] foi estreia para mim –, e estão todos muito bem”, considera. “Estou convencido de que o espetáculo, que se destina a todos os tipos de público, vai agradar”, conclui.

‘Arte’ estreia no dia 10 (quarta-feira), às 21h00, no Teatro Maria Matos, em Lisboa.

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