O quadro famoso "Skrik", traduzido para português como "O Grito", do artista norueguês Edvard Munch afinal pode não representar uma pessoa a gritar, como pensam muitos dos que apreciam a pintura.
Quem o alega é a equipa do British Museum, em Londres, que alberga uma das maiores coleções de arte do mundo. Defendem que a famosa pintura representa alguém a ouvir um grito e não uma pessoa a gritar. Giulia Bartrum, curadora de gravuras e desenhos alemães no museu londrino, disse que o público tem interpretado a obra de arte de forma errada.
Para comprovar essa confusão, o museu vai exibir uma versão rara do quadro. "Esta versão rara [a preto e branco] do Skrik que vamos exibir deixa claro que a obra de arte mais famosa de Munch mostra uma pessoa a ouvir um grito e não, como muitas pessoas continuam a pensar, uma pessoa a gritar", explica a curadora ao Daily Telegraph.
O quandor via ser incluído na exposição "Love and Angst" de Edvard Munch estará em exibicição no British Museum de 11 de abril a 21 de julho.
Apesar de não se saber se o grito é real ou imaginado, na impressão litográfica da obra a preto e branco - uma espécie de legenda que acompanha o quadro - pode ler-se que que a personagem retratada no quadro ouviu "um grande grito na natureza".