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Sérgio Abreu: "Tenho nacionalidade portuguesa, porque o meu avô era português”

Enamorado por Lisboa, onde já esteve a gravar duas novelas – ‘o campeão’ e ‘revelação’ – o ator não coloca de parte a possibilidade de, no futuro, vir viver para o nosso país

06 de fevereiro de 2018 às 17:32

A representação e a música são as grandes paixões de sérgio abreu. O Lucas de ‘Revelação’, a nova novela da CMTV, tem conseguido conciliar as duas profissões e espera que 2018 lhe traga oportunidades na televisão, cinema e teatro, ao mesmo tempo que promove o seu novo álbum, ‘9’.

‘Revelação’, que está agora a ser exibida em Portugal, na CMTV, foi a sua estreia como protagonista numa novela. Como recorda esta experiência?

Foi uma experiência ótima. Tive tempo para me preparar e contei com uma equipa maravilhosa que me deu todo o suporte necessário. Além disso, o elenco era muito bom e generoso. Principalmente a Cláudia Melo e o Walter Breda, que interpretam os pais de Lucas, a Tainá Müller e a Thaís Pacholek, que encarnam Vitória, a heroína da história, e Beatriz, a vilã. As duas disputam o amor de Lucas.

Foi, também, a primeira vez que trabalhou com Sílvio Santos (dono da SBT) e a mulher, Íris Abravanel. Como foi?

Trabalhar com uma personalidade mítica da televisão brasileira como é o Sílvio Santos foi incrível. Apesar de não ter convivido com ele diariamente, as poucas vezes em que estivemos juntos foram agradabilíssimas. Sempre com muito bom humor! O carisma do Sílvio é impressionante. A Íris Abravanel foi absolutamente generosa e gentil. Apesar de ser a sua primeira experiência como autora de uma novela, ela esteve segura na condução da trama, transmitindo tranquilidade a todos e ouvindo os atores sempre que possível.

As gravações de ‘Revelação’ trouxeram-no a Portugal. Que recordações guarda do nosso país?

Se não me falha a memória, estivemos duas semanas em Portugal para gravar a novela. É um país lindo, com sua bela arquitetura, os seus monumentos, parques, além das incríveis paisagens tanto do centro de Lisboa como em localidades mais distantes como a vila de Óbidos, que também tivemos oportunidade de visitar.

Foi a primeira vez que esteve em Portugal?

Já tinha gravado a novela ‘O Campeão’ na capital portuguesa, em 1998. E pude constatar como a cidade melhorou em tudo desde então. É uma belíssima cidade, onde moraria sem sombra de dúvidas. Quem sabe se, no futuro, isso acontece. Afinal, tenho nacionalidade portuguesa, pois o meu avô materno nasceu em Portugal, mais precisamente em Marco de Canaveses.

Nos últimos anos tem estado afastado dos ecrãs e mais concentrado na sua carreira musical?

É verdade, tenho estado mais dedicado ao meu trabalho musical nos últimos tempos. Mas no ano passado estive em cartaz com a peça de teatro ‘E aí, comeu?’, do premiado autor Marcelo Rubens Paiva. E estou pronto para voltar às novelas quando surgir uma boa oportunidade.

É difícil conciliar as duas paixões: a representação e a música?

Nem por isso. As duas profissões dizem respeito à arte de interpretar, portanto uma sempre ajuda a outra. O mais difícil é mesmo conciliar as agendas. Mas sempre é possível dar um jeito quando se faz aquilo que se ama.

O que surgiu primeiro na sua vida?

A música veio primeiro. Comecei a estudar ainda menino, por volta dos dez anos, na escola e, mais tarde, no conservatório. A representação chegou depois, aos 16 anos. Sempre investi e continuo a investir igualmente nos dois, estudando e trabalhando muito para ser cada vez melhor.

Pelo meio, também participou num reality show, ‘A Fazenda’, onde ficou em segundo lugar...

Foi uma fase, um desafio.

É verdade que chegou a trabalhar como corretor de imóveis?

Sim, mas acabei por desistir. Não me adaptei.

E que projetos tem agora em mãos?

Acabei de lançar meu álbum, ‘9’, que já está disponível em todas as plataformas digitais. Estou a preparar um disco acústico, só com voz e violão, que vou começar a gravar este ano, em São Paulo. Também estou a finalizar a formação de uma banda para fazer espetáculos em grandes salas. Em ambos os projetos vou divulgar o meu álbum, cantando e tocando as minhas composições, assim como os temas de outros artistas que admiro.

Como lida com a fama?

Nunca tive grandes problemas em conviver com o facto de ser famoso. Sempre consegui manter os meus pés bem assentes no chão. Depois de 25 anos de carreira, posso dizer que aprendi a conviver com a fama. Tanto nos momentos bons como nos maus.

Costuma ser muito assediado na rua?

Já fui muito assediado. A época em que interpretava o Beto de ‘Malhação’ foi o período em que mais fui assediado. E, ainda hoje, sempre tem alguém que lembra do personagem, reconhece-me e vem ter comigo. É muito bom ter o trabalho reconhecido.

Considera-se um galã?

Na minha carreira, os trabalhos que fiz, todos foram diferentes nesse sentido. Às vezes ganhamos esse rótulo e recebemos muitas propostas de trabalho nessa direção, o que acho empobrecedor. Eu até tive sorte de fazer personagens bem diferentes. Na verdade, nunca quis que isso viesse na frente das minhas possibilidades como ator.

Que projetos pessoais e profissionais gostava de ver concretizados este ano?

Gostava de voltar a fazer uma novela, de fazer cinema e de estrear uma peça de teatro. E, claro, promover o meu álbum.

Ator muito versátil: de galã a vilão, passando por homossexual

Sérgio Abreu fez muito sucesso entre 2001 e 2003, quando participou na série juvenil ‘Malhação’. O casal formado por Beto e Solene (Renata Dominguez) era um dos favoritos do público. Mas ao longo da sua carreira, o ator tem interpretado papéis muito distintos, desde o vilão em ‘Vende-se um Véu de Noiva’ ao homossexual em ‘Paraíso Tropical’. Juntamente com Carlos Casagrande, ele interpretou um dos primeiros casais gay da TV brasileira. "Gay existe e todo mundo conhece. A ideia foi dar um ar natural à relação, sem criar polémica mesmo", explica.

Protagonista de ‘Revelação’

Em ‘Revelação’, exibida de segunda a sexta na CMTV, Sérgio Abreu interpreta Lucas Nogueira, um jovem que conhece o amor da sua vida – Victória (Tainá Müller) – em Portugal, onde ambos estudam. Contudo, a relação esbarra nos interesses dos pais de Lucas, que querem coordenar a vida do jovem e a política da pequena cidade de Tirânia.

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