Apesar dos acampamentos de fãs, os Tokio Hotel não lotaram o Pavilhão Atlântico no regresso a Portugal. Ainda assim levaram ontem ao delírio os pouco mais de seis mil que acorreram à sala lisboeta. Na plateia era possível ler mensagens de apoio ao grupo e até declarações de amor escritas em alemão.
Para apresentar o álbum ‘Humanoid’, o jovem quarteto alemão brindou os fãs com um concerto digno de estrelas pop adultas, cheio de referências cénicas futuristas. A abertura desvendou uma enorme esfera em jeito de nave espacial de onde saiu o andrógino vocalista Bill Kaulitz, que arrancou com ‘Noise’, tema que abre o disco. A resposta da plateia foi... estridente. Prosseguiram com ‘Human Connect to Human’, pontuado por duelos de guitarra, e ‘Break Away’.
Apesar da sua juventude (o mais velho tem 23 anos), os Tokio Hotel mostraram ser uma banda bem rodada e com sentido de espectáculo. E também de gratidão, pois fizeram uma pausa para aplaudir uma plateia em que predominavam raparigas adolescentes com a felicidade estampada no rosto e prontas a gritar quando os ídolos se aproximavam delas.
Os Tokio Hotel cantaram o novo disco quase na íntegra, com destaque para ‘Pain of Love’, ‘World Behind My Wall’ e ‘Hey You’, neste caso com pirotecnia. Foi a deixa para Bill Kaulitz se dirigir ao público, antes de ‘Alien’, canção "dedicada aos extraterrestres que aqui vieram".
Houve momentos de calmaria, com a banda a servir, em formato acústico, ‘Humanoid’ e ‘Phantomrider’. E ainda momentos de encher o olho, como em ‘Dogs Unsleashed’, com o vocalista a surgir montado numa moto. No final Bill Kaulitz voltou para dentro da nave espacial. Mas prometeu às fãs voltar em breve a Portugal.
PAIS À ESPERA FORA DO PAVILHÃO
Muitos fãs dos Tokio Hotel assistiram ao concerto com os pais ao lado, mas nem todos demonstraram essa comunhão de gostos musicais. À medida que a actuação caminhava para o fim concentraram-se do lado de fora do Pavilhão Atlântico. Apesar do frio, cerca de uma centena de adultos ficou à espera das muitas jovens que choravam copiosamente no final do espectáculo.
DETALHES
LEI SECA NO CONCERTO
Devido à juventude do público, a organização não permitiu a venda de bebidas alcoólicas no Pavilhão Atlântico.
REGRESSO AO ATLÂNTICO
Os jovens músicos alemães já conheciam a sala de espectáculos lisboeta. Actuaram a 29 de Junho de 2008, depois de cancelaram um concerto a 16 de Março.
PROBLEMAS DE GARGANTA
O cancelamento desse espectáculo foi uma má notícia de última hora para as fãs portuguesas. A banda alegou problemas na garganta de Bill Kaulitz.
TUDO EM FAMÍLIA
Os Tokio Hotel nasceram na cidade alemã de Magdeburgo em 2001, tendo como base os irmãos gémeos Bill e Tom Kaulitz.
ATAQUE NA WIKIPÉDIA
A banda não tem só fãs. Ontem a página portuguesa da Wikipédia tinha uma foto de um ouriço-cacheiro em vez do cantor.
CONCURSO DE SÓSIAS SERVIU PARA FAZER MELHORES AMIGAS
Duas jovens de 14 anos que estiveram acampadas no Pavilhão Atlântico desde sexta-feira foram as vencedoras de um passatempo que procurava as nove pessoas mais parecidas com um dos elementos dos Tokio Hotel. Mariana e Ana Raquel, que não se conheciam até ontem, já diziam ser as melhores amigas.
Decidiram caracterizar-se de irmãos Kaulitz e foram as primeiras fãs a conseguirem um autógrafo dos seus ídolos.
Ana Raquel chegou ao ponto de desenhar tatuagens para ficar mais parecida com o vocalista. A jovem, que temia borrar a maquilhagem devido ao seu entusiasmo, acabou por fazê-lo após conseguir chegar à fala com os Tokio Hotel.
ESPERA POR AUTÓGRAFOS DUROU HORAS
Centenas de jovens de vários países tiveram ontem uma longa espera para conseguirem um autógrafo dos Tokio Hotel, horas antes do concerto no Pavilhão Atlântico. Os fãs começaram a chegar às 06h30 e foram organizados grupos de 20 para entrarem à vez na Media Markt junto ao Estádio da Luz, em Lisboa.
Vieram de vários países, desde a Grécia, França e Espanha até à Alemanha, e não se importaram de esperar por um momento que durou poucos segundos. Alguns pais também trocaram uma tarde de trabalho para ficarem na fila.
Muita histeria e alegria pairavam no ar quando, cerca das 17h00, a banda liderada por Bill Kaulitz surgiu para autografar os mais variados objectos que os fãs lhes levaram.
Quando finalmente obtiveram o tão esperado autógrafo, os jovens ‘voaram’ para o Pavilhão Atlântico, cujas portas abriam às 18h00. Por todo o lado ouviam-se gritos, lágrimas e a respiração ofegante de quem sofreu para realizar o seu sonho: falar com a banda alemã.
DEPOIMENTOS
"A MINHA FILHA PEDIU-ME UM AUTÓGRAFO E EU VIM": Adriana Lisboa
Estou aqui mas também vou ao concerto. Gosto muito da banda. A minha filha começou por ser fã deles e depois também passei a gostar. Estamos as duas a aguardar ansiosamente pela actuação. Ela pediu-me um autógrafo e eu vim. Ainda não sei o que lhes vou dizer, mas trouxe a guitarra para a autografarem."
"ESTOU A OLHAR PARA O CD E NÃO SEI QUAL É O BILL": Eoli Grécia
Tenho 23 anos e vim da Grécia de propósito para os ver esta noite. Já fui a inúmeros concertos. Estive em França, Espanha e agora em Portugal. Trouxe uma bandeira do meu país e o último trabalho deles, ‘Humanoid’, para que autografassem. Mas estou a olhar para o CD e não sei qual é o Bill."
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