Benfica de voo curto empata com o Arsenal

Pizzi ainda colocou o Benfica em vantagem num penálti, mas os encarnados permitiram a igualdade dois minutos depois por Saka.

19 de fevereiro de 2021 às 01:30
Imagem A2-38070498 (8938101).jpg (Milenium)
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O Benfica empatou esta quinta-feira com o Arsenal (1-1) e comprometeu a passagem aos oitavos de final da Liga Europa. A águia ainda voou com um penálti de Pizzi, mas deixou-se empatar dois minutos depois por Saka, num jogo realizado em Roma.

Jesus jogou o seu ‘joker’ ao estrear o defesa central Lucas Veríssimo num novo sistema. Optou por 3x5x2. Mexeu em três jogadores face ao inesperado empate com o Moreirense (1-1). Saíram Rafa, Everton e Seferovic e entraram, além do brasileiro, Waldschimidt e Pizzi.

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E o Benfica até revelou solidez defensiva, embora travando a custo a avalanche ofensiva do Arsenal, onde Saka e Aubameyang eram os mais perigosos. As águias foram obrigadas a encolherem-se e relegadas para tarefas defensivas. A manta era curta e as dificuldades em chegar à frente enormes.

Na defesa, brilhava Vertonghen. Cortes para todos os gostos. Era o mais certinho dos centrais. Veríssimo aguentava-se como podia e Otamendi revelava precipitação ao falhar um corte ,valendo-lhe a atenção de Helton Leite, que saiu da área e cortou a bola com a cabeça.

Houve sempre mais Arsenal na primeira parte. Aubameyang falhou um golo à boca da baliza após um cruzamento de Bellerin. E Saka viu um remate forte ser encaixado pelo guarda-redes encarnado.

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A águia foi tímida no ataque. O primeiro remate enquadrado com a baliza surgiu apenas à meia-hora por Darwin. O guarda redes Leno segurou em dois tempos. E o Benfica apareceu com este remate. Tem ainda ao cair do pano da primeira metade uma boa iniciativa de Grimaldo, mas o espanhol, apesar de estar em boa posição para rematar, optou pelo cruzamento que foi facilmente anulado pelos defesas arsenalistas.

Na etapa complementar, Jesus trocou Waldschmidt por Rafa e o Benfica ficou melhor e com mais mobilidade. Diogo Gonçalves fez um cruzamento e a bola bateu no braço de Smith-Rowe. Pizzi não perdoou no penálti. O Benfica nem teve tempo para festejar. Acordou o ‘monstro’ e permitiu o empate dois minutos depois por Saka, após assistência do português Cédric. Rafa quase marcava e Aubameyang também esteve próximo da reviravolta. Um empate que complica as contas para a segunda mão, em Atenas, no dia 25, mas não retira a ambição à equipa de Jorge Jesus na Europa.

"Grande resultado era ganhar o jogo"

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Relativamente ao impacto de jogar fora de portas, o técnico das águias disse: "Jogamos em Itália em campo neutro e vamos fazer o mesmo na Grécia, é igual. Está tudo em aberto. Acreditamos que podemos passar esta eliminatória, mas temos a noção de que o Arsenal é uma grande equipa, com grandes jogadores."

Lucas Veríssimo estreou-se com a camisola encarnada e a sua exibição não passou despercebida. "No primeiro jogo que fez pelo Benfica demonstrou que é um jogador de qualidade e que podemos contar com ele," concluiu Jesus.

Rafa dá nova cara à equipa em Roma

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o Lucas Veríssimo – Algumas dificuldades iniciais. Depois subiu de nível, fez um grande corte, antes das cãibras.

o Otamendi – Pronto socorro. Varreu tudo o que tinha para varrer. Por pouco não cortava a bola que deu o 1-1.

o Vertonghen – Menos exuberante, mas competente na sua ação no eixo central e nas dobras a Grimaldo.

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o Diogo Gonçalves – O empate surgiu na sua zona de ação, mas isso não apaga a exibição positiva. Ganhou o penálti.

o Rafa - Entrou a todo o gás e o Benfica mudou para melhor. Esteve no lance que deu o penálti para as águias e teve um remate fantástico que Leno defendeu. Velocidade que equilibrou o jogo.

o Grimaldo – Dificuldades a defender. Boa hipótese a terminar o primeiro tempo. Recompôs-se após o intervalo.

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o Weigl –Ação importante para travar o miolo rival. Muita luta e muitos cortes.

o Taarabt – Não foi o elo de ligação com o ataque que Jorge Jesus pretendia.

o Pizzi – Correu muito, mas teve pouca bola. Mostrou frieza no penálti.

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o Waldschmidt – Pouca acerto. Primeiro a ser sacrificado.

o Darwin – Desamparado, foi quase sempre presa fácil.

o Seferovic – Lutou.

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o Everton – Perto do golo num remate perigoso.

o Gabriel – Ajudou no miolo.

o Chiquinho – refrescou.

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ANÁLISE

+ Lucas Veríssimo afinado

Não foi o melhor em campo, nem tão pouco do Benfica. Estreou-se na equipa e no sistema de três centrais. Não comprometeu e as águias colocaram por oito vezes os arsenalistas em fora de jogo. Jogou simples e sem complicar. Saiu exausto.

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- Sucumbir à pressão

O Benfica sentiu sempre grandes dificuldades para sair para o ataque. Mas, quando marcou o golo, não resistiu à pressão do adversário e permitiu o empate dois minutos depois. Faltou consistência e experiência para colocar gelo na partida.

Arbitragem segura

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O árbitro turco pecou no capítulo disciplinar ao adotar um critério tipicamente inglês. Deixou jogar, mesmo quando as faltas aqueceram. Bem ao assinalar o penálti a favor do Benfica e a validar o golo de Saka, que estava atrás da linha da bola.

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