Dragão encontra Sporting na meia-final da Taça
FC Porto avança com golos mexicanos, marcados por Layún e Herrera, ambos antes dos 20 minutos.
Sem grandes sobressaltos mas ainda assim com uma segunda parte que mais pareceu um acrescento ao guião escrito no primeiro tempo, o FC Porto avança para as meias-finais da Taça de Portugal, onde vai defrontar o Sporting em duas mãos (a primeira no estádio do Dragão, no dia 28 de fevereiro).
Num jogo sem grandes motivos de interesse, levou a melhor o mais forte. E este era mesmo o guião. Que bem poderia ter sido uma novela mexicana, tendo em conta que foi através dos pés de Herrera, primeiro, e Layún, depois, que o FC Porto construiu o triunfo. Tudo isto no espaço de 20 minutos.
A equipa de azul e branco entrou em campo decidida a deixar desde bem cedo a sua impressão digital no jogo. Sérgio Conceição fez algumas alterações em relação ao onze habitual: deu a baliza a Casillas, a lateral direita a Maxi Pereira e colocou Hernâni à frente do uruguaio.
Também a presença de Layún no meio-campo acrescentou mudança mas não ao ponto de retirar rotinas e prejudicar a lubrificação da máquina portista. Os golos apareceram, deu para tirar o pé e aí viu-se o Moreirense a deitar a cabeça de fora. O único contratempo dos portistas antes do intervalo foi mesmo a lesão de Brahimi, que saiu com queixas na coxa direita.
Na segunda parte, o FC Porto tentou colocar em funcionamento o piloto automático. Teve de recorrer várias vezes ao modo manual, devido ao empertigamento do Moreirense. Num desses momentos, a formação minhota chegou ao golo. O 2-1, numa eliminatória, cria sempre incerteza. Mas até final, o FC Porto levou o jogo para onde quis.
ANÁLISE
FC Porto confiante
O líder do campeonato, aqui em modo Taça de Portugal, respira saúde física e mental. O FC Porto de Sérgio Conceição vai na nona vitória consecutiva em várias competições. Embalado.
Estratégia Moreirense
O treinador do Moreirense deixou de fora alguns jogadores habitualmente titulares, dando a ideia de que estava a entregar o jogo antes de ele começar. Ainda assim, quem jogou lutou com bravura. Mas era desigual.
Penálti (mal) reclamado
Aos 50 minutos, o portista Hernâni queixou-se de um empurrão nas costas de Zizo, dentro da área do Moreirense. Há, de facto, um encosto com o braço, mas Hernâni foi muito teatral na forma como tentou cavar a falta. Demasiado teatral. Manuel Mota entendeu nada marcar. Fez bem.
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