Jesus pede para falar à distância no julgamento do ataque à Academia de Alcochete
Treinador terá sido aconselhado a prestar depoimento na ausência dos arguidos.
Jorge Jesus terá sido aconselhado a não testemunhar presencialmente no julgamento do ataque à Academia de Alcochete, ao contrário daquilo que seria a sua vontade inicial.
A defesa do antigo treinador do Sporting pediu, no passado dia 20, que o depoimento fosse realizado por videoconferência, a partir do Tribunal de Almada, ou via Skype, salvaguardando assim a hipótese de, por motivos profissionais, Jesus estar nessa data no estrangeiro.
A juíza já autorizou o pedido, mas avisou que, caso o coletivo de juízes entenda "ser essencial à descoberta da verdade", pode solicitar a presença de Jorge Jesus na sala de audiências, refere o despacho citado pela Lusa.
Jesus é inquirido a 7 de janeiro, ou seja, durante as suas férias em Portugal. O treinador do Flamengo agendou para dia 24 do mesmo mês o regresso ao Rio de Janeiro.
Antes de interrogar o treinador, o coletivo de juízes vai ouvir, a 06 de janeiro, Márcio Sampaio, preparador físico, e os futebolistas André Pinto e Rui Patrício, atualmente ao serviço do Wolverhampton, de Inglaterra.
O processo pertence ao Tribunal de Almada, mas por "questões de logística e de segurança", o julgamento está a realizar-se no Tribunal de Monsanto, em Lisboa.
Pormenores
Ouvidos no Montijo
Bruno Fernandes e os restantes jogadores que foram agredidos e ainda fazem parte do plantel do Sporting foram ouvidos por videoconferência no Tribunal do Montijo.
Bruno quer falar
Bruno de Carvalho e Mustafá, acusados de serem os mandantes do ataque, querem falar depois das testemunhas.
Piccini inquirido a 08 de janeiro
Para 08 de janeiro estão agendados os testemunhos do jogador italiano Cristiano Piccini, entretanto transferido para o Valência, e de Mário Monteiro, preparador físico, que, à semelhança de Márcio Sampaio, faz parte da equipa técnica dos brasileiros do Flamengo liderada por Jesus.
"Clima de medo e terror", diz MP
A acusação considera que os 41 arguidos que se deslocaram à academia agiram mediante um plano "previamente traçado" e cumpriram os objetivos de "criar um clima de medo e terror" junto de jogadores, agredi-los e de "privá-los de liberdade" enquanto decorriam as agressões.
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