MOURINHO LIGAVA À MULHER DELE

“As ameaças são verdadeiras. Foram feitas 48 horas antes do jogo por um elemento com peso no grupo, mas que não faz parte da sua direcção. São questões pessoais, do foro íntimo e privado, que apenas têm a ver com o elemento e o próprio José Mourinho”, disse Fernando Madureira, líder da claque, esclarecendo de seguida a razão das ameaças: “Ele descobriu que o Mourinho ligava e enviava mensagens escritas à mulher. E não sei porquê, mas José Mourinho esqueceu-se de mencionar esse facto, ao contar o seu lado da história”, referiu, em tom irónico, no mesmo dia em que o técnico apresentou o seu segundo livro.

O CM tentou contactar José Mourinho e o seu assessor, Eládio Paramés, mas nenhum dos dois esteve disponível até ao fecho desta edição. Ainda assim, há quem, próximo do treinador do Chelsea, estranhe tanto a atitude como o ‘timing’ escolhido pelos Super Dragões. Porque a claque tem excelentes relações com a direcção portista e, como se tal não bastasse para levantar a dúvida, FC Porto e Chelsea estão à beira de defrontar-se na Liga dos Campeões.

Certo mesmo é que nenhum responsável do FC Porto condenou ontem a posição pública da sua principal claque. Por saber continua o motivo pelo qual as ameaças foram feitas através do telemóvel de Reinaldo Teles e não do próprio Mourinho.

A claque explica ainda porque deixou de apoiar o técnico muito antes do final da SuperLiga. “Decidimos deixar de cantar o seu nome após o jogo em Alvalade, porque rasgou a camisola do Rui Jorge e pediu ao presidente para sair. Só armou confusão e achámos que não deveria ser tão venerado. Apesar de continuar a desmentir que rasgou a camisola, todos os que estão por dentro do assunto sabem muito bem que ele o fez. O presidente Pinto da Costa assumiu uma posição e certamente não irá mudá-la”, revelou Madureira.