Pedro Proença enaltece seleção de sub-17 e assegura que Portugal vai continuar a ganhar

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) assegurou este sábado que o Portugal "vai continuar a ganhar", depois da conquista do título mundial de sub-17 pela seleção lusa, este sábado recebida em euforia na Cidade do Futebol, em Oeiras.

Após a seleção portuguesa de sub-17 ter sido recebida no Palácio de Belém, em Lisboa, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, Pedro Proença congratulou os jogadores e técnicos pelo feito na consagração, junto à Arena Portugal, sugerindo ao selecionador Roberto Martínez, também presente, que este pode fazer o país "feliz" por "décadas após décadas".

"Está garantido, 'mister' Martínez. Vai ser também campeão do mundo, mas há aqui uma geração que lhe vai permitir continuar, décadas após décadas, a fazer o povo português feliz. Muito obrigado pelo que nos deram, vamos ganhar, continuar a ganhar, habituem-se. O futebol português vai continuar a ser vitorioso", declarou.

O treinador Bino Maçães, que na quinta-feira juntou o título mundial do escalão ao europeu, assinalou a resiliência dos seus pupilos, que utilizaram a maturidade acumulada na competição disputada no Qatar para chegar ao cetro.

 "Com a intensidade com que joga a este nível dá para perceber, de facto, que os nossos jogadores têm muita qualidade. No Mundial fomos para os penáltis contra o Brasil, no Europeu tínhamos passado por uma situação semelhante contra a Itália. Quando vamos para uma final, com a pressão que isso acarreta, acho que tínhamos alguma vantagem. Os nossos jogadores estiveram muito tranquilos", contou.

Mateus Mide, que foi distinguido com a Bola de Ouro, troféu para o melhor jogador do Mundial, reconheceu ter pesquisado os nomes dos vencedores anteriores nos quais se encontra, entre outros nomes de relevo, o antigo internacional alemão Toni Kroos.

 "Olho para isso como algo que pode dar-me valor no futuro. Depois de receber o prémio, vi quem tinham sido os vencedores anteriores e vi que tinham sido grandes jogadores. Espero que um dia consiga sê-lo também", afirmou.

Também premiado, mas neste caso com a Luva de Ouro, para o melhor guarda-redes do Campeonato do Mundo, Romário Cunha assegurou que a sua ambição não ficará por aqui.

 "Continuarei a dar o meu máximo para continuar a vencer estes prémios. O nosso principal objetivo é chegar à seleção AA", salientou.

Por seu turno, o médio e capitão de equipa Rafael Quintas dedicou a conquista de Portugal aos familiares, amigos e todos os portugueses, que considerou "um orgulho" poder representar.

 "É um orgulho representar Portugal. Ganhando, ainda mais. Estamos a representar as nossas famílias, a nossa terra, os nossos amigos e é o que nós mais gostamos de fazer, jogar futebol. É um sentimento indescritível que vamos levar para o resto das nossas vidas", assumiu o internacional jovem português.

O seu colega de setor, Bernardo Lima, não escondeu o entusiasmo pela dimensão e grandeza da conquista alcançada, lembrando que, em função deste título, Portugal conquistou o topo mundial no escalão sub-17.

 "Ainda não nos caiu a ficha, demora sempre um bocadinho, como foi no Europeu. Conquistámos o mundo, acho que não temos bem essa noção. Agora com o passar dos dias, vamos começar a perceber o que fizemos. Sempre acreditámos desde o início", assinalou.

"Ainda não nos caiu a ficha, demora sempre um bocadinho, como foi no Europeu. Conquistámos o mundo, acho que não temos bem essa noção. Agora com o passar dos dias, vamos começar a perceber o que fizemos. Sempre acreditámos desde o início", assinalou.

 "Quero deixar uma palavra muito forte para os clubes, as associações e a FPF, que criaram todas as condições para mostrar ao Mundo a excelência e o talento dos nossos campeões da Europa e mundiais. Aos nossos campeões, agradeço do fundo do coração, têm um país inteiro a transbordar de orgulho e muito grato", declarou a governante.

Na quinta-feira, Portugal juntou o título mundial ao Europeu de sub-17, ao vencer na final a Áustria, por 1-0, com um golo de Anísio Cabral.

Este é o terceiro título de campeão do mundo conquistado por Portugal, depois dos triunfos nos Mundiais de sub-20, em 1989, na Arábia Saudita, e 1991, em Portugal, em ambos os casos sob a orientação de Carlos Queiroz.