"Por que é que os jogadores não saíram do balneário?", questiona Bruno

Ex-presidente questiona ainda o facto de o sistema de cartão magnético para entrar estar desativado.

31 de julho de 2018 às 22:35
Bruno de Carvalho
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Bruno de Carvalho Foto: Bruno Colaço
Bruno de Carvalho, presidente do Sporting Foto: Filipe Farinha
Bruno de Carvalho Foto: Pedro Simões
Bruno de Carvalho Foto: Pedro Simões

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Bruno de Carvalho questionou esta terça-feira a razão pela qual os jogadores do Sporting não saíram do balneário antes da chegada dos atacantes em Alcochete. O ex-presidente explicou que havia tempo para isso e afirmou ainda que alguém tinha retirado a necessidade de entrar naquela zona através de um cartão magnético, avança o Record

"Há uma coisa que não consigo perceber. A entrada para os balneários dá-se por duas portas de ferro diretamente e uma de vidro que, por ordem minha desde que entrei, tinha um cartão magnético para abrir. E depois passar uma segunda porta que também tinha um cartão para abrir. É dito que sete ou oito minutos antes, alguém da Academia é avisado e chama a polícia. Pelas imagens, eles não iam a correr, iam naquele traulitar militar – é engraçado, que temos um militar candidato. Entram, vão até ao fundo aos relvados, veem Jorge Jesus e dizem ‘não é nada consigo, onde são os balneários?’. Voltam para trás, dão chutos na primeira e segunda portas e não conseguem, chegam à porta de vidro, forçam com a mão e chegam ao balneário. Descobri que apesar de estar fechada, alguém no início da época mandou tirar a medida de segurança do cartão das portas. Uma estava fechada e foi com a mão, e a outra estava aberta", frisou à Sport TV +, antes de continuar.

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"O que pergunto é: se foram avisados sete minutos antes, se eles ainda tiveram de entrar, percorrer um longo caminho a pé, foram ao relvado, depois zona de balneários, deram pontapés nas portas e ainda arrombaram com os dedos a terceira, se há uma porta que dá acesso ao corredor interno para a zona da formação e uma porta ali para a rua, por que é que os jogadores não foram todos embora? Enquanto a polícia chegava, os jogadores já lá estavam fora. Têm de perguntar aos responsáveis, à polícia. Mas o que eu digo é: fui eu?".

Sobre o facto de as portas não estarem a funcionar com cartão, Bruno de Carvalho disse ser estranho: "Quem deu ordem de tirar nestas duas portas o controlo de cartão no início da época? Alguém deu. De certeza que isso está tudo no processo com a polícia. Tudo isto é de uma estranheza total e se alguém tinha alguma coisa a perder era o presidente. Isto não faz sentido nenhum. Eu acho que a polícia já sabe que houve um executante, um mandante e um pagante. Nunca me entregaria a nenhum grupo do Sporting. No dia em que se pede um favor desses, as pessoas passam a ter poder sobre nós. Eu se quiser dar um apertão a 24 jogadores, eu chego sozinho. Não preciso de fivelas, não bato em ninguém e dou os apertões todos.

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