Torneio AMI: 'shots' solidários
O Torneio da AMI, cuja quinta edição se desenrola hoje no exclusivo campo da Quinta do Peru, desafia-nos a uma associação desconfortável, porém necessária entre o legítimo direito ao prazer e o combate contra as mais básicas carências humanas.
A OIH, empresa que é promotora deste evento, em parceria com o Clube de Golfe Médico, anunciou que neste ano foi ultrapassado o recorde de cem participantes.
Cada um destes jogadores contribuirá entretanto com um valor mínimo e sempre que um deles pisar um ‘tee’, ‘fairway’ ou ‘green’ imaculado para uma tacada ou um ‘putt’ bem que poderá pensar em pocilgas.
Pocilgas? Sim, as infra-estruturas próprias para os porcos. Estes animais à solta são uma questão de saúde pública no distrito de Caué, o mais pobre de São Tomé e Príncipe, gerador de infecções de parasitas residentes nas fezes dos suínos.
A OIH propõe-se distribuir um exemplar da edição de hoje do Correio da Manhã por cada um dos participantes no V Torneio de Golfe da AMI. É possível que o simpático golfista amador se choque com a pobreza dos 5500 habitantes desta região, de 267 quilómetros quadrados, mas é importante que se orgulhe por contribuir para a AMI.
A Assistência Médica Internacional, presidida por Fernando Nobre, tem uma missão em São Tomé e Príncipe e um dos projectos chama-se ‘De mãos dadas por Caué’, no qual se insere o lançamento de uma linha de microcrédito que permita neste momento financiar a construção de pocilgas comunitárias em todo o distrito.
O valor necessário, de 25 mil euros, será custeado em mais de 50 por cento pelo V Torneio de Golfe da AMI e seus patrocinadores, com destaque para a Zurich. São autênticos, sinceros e oportunos ‘shots’ de solidariedade.
DISCURSO DIRECTO
"ESTOU BASTANTE MOTIVADO", Lee Westwood, 3.º no ‘ranking’ mundial
Correio Sport – Foi anunciado nesta semana que regressará ao Portugal Masters em 2010. Seguramente tem boas memórias da vitória de 2009...
Lee Westwood – Foi o palco perfeito para voltar a ganhar um torneio e colocar um ponto final num jejum de mais de dois anos sem ter conseguido vitórias. Foi especial ter posto de novo as mãos num troféu, e mais ainda por depois me impor, de seguida, na primeira edição da Corrida para o Dubai. Foi uma época para recordar.
– Neste ano já ganhou no PGA Tour, nos Estados Unidos, mas no European Tour ainda não. Seria importante revalidar o título em Vilamoura?
– Estou bastante motivado para defender o meu título. Teria um enorme significado. No ano passado, derrotei grandes jogadores como Francesco Molinari, Padraig Harrington e Retief Goosen. E neste ano será igualmente duro, dado que sete dos meus companheiros da selecção europeia na Ryder Cup irão estar presentes.
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