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Dragão humilhado com uma lição de futebol

Liverpool amarrou por completo a equipa de Conceição, foi sempre mais forte, mais rápido e mais perigoso.

15 de fevereiro de 2018 às 01:30
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11 - fc porto

Mais fortes, mais rápidos, muito melhores em tudo. O Liverpool arrasou o FC Porto, em pleno Estádio do Dragão, arrumou rapidamente com o jogo, com a eliminatória e até com um pouco da autoestima da equipa de Sérgio Conceição. Números pesados, mas que traduzem com precisão as diferenças de dimensão e de qualidade.

Partir de um jogo para conclusões mais gerais pode ser um trabalho erróneo, contudo acaba por dar que pensar a forma como, por vezes, alguns jogadores são percecionados no campeonato português, mas, depois, chega uma máquina de futebol ao estilo do Liverpool - terceiro classificado na Premier League -, que, em noite sim, bloqueou, por completo, todas as armas da turma de Sérgio Conceição. Brahimi foi uma nulidade, o eixo Herrera-Oliveira engolido e até os laterais tiveram uma noite horrível.

Antes do desastre, o início da partida foi algo dissimulado. Ambas as equipas em banho-maria, na expectativa do que estava do outro lado. Aos 10’, aproveitou o FC Porto para uma das raras oportunidades, o remate de Otávio foi desviado por um defesa e, mais grave do que isso, lançou o alerta junto dos ingleses.

A partir daí, o controlo total do Liverpool. A sensação de perigo era uma constante, com o FC Porto a errar nas saídas, a perder-se na pressão e sempre um homem solto dos ‘reds’. Aos 25’, o homem solto foi Mané e o remate até nem lhe saiu muito bem, só que Sá deixou passar a bola, que, devagarinho, entrou. 0-1.

O golpe emocional foi demasiado forte para os dragões, que se desmoronaram como um castelo de cartas. Quatro minutos depois, Milner aproveita um lance faltoso - não assinalado sobre Marega - e atira ao poste. Teve sorte no azar, já que a bola foi parar a Salah. A finalização do egípcio foi de mestre. 0-2.

A constante movimentação do trio ofensivo inglês e a forma incrível como, em transição atacante, atingia a superioridade numérica fizeram temer ares de goleada - que se confirmou.

Veio o intervalo e nada mudou. Erro - mais um - de Brahimi no ataque e, de repente, 4 para 3 junto a José Sá. Uma primeira defesa e a recarga vitoriosa de Sadio Mané. Tudo resolvido, eliminatória incluído, e a única questão passava mesmo saber o tamanho da desgraça. Foram mais dois golos, um de Firmino, outro de Mané, este num tiraço.

Pior derrota europeia de sempre em casa. Conceição tem de controlar danos para as missões internas. 

ANÁLISE

Coutinho? Qual Coutinho?

Arrasador, o Liverpool. Não se notou a perda de Coutinho para o Barcelona. Domínio total, quer em posse, quer em transição, com o perigo a ser uma constante. Nota para a reação do público portista: aplaudiu a equipa e pediu a conquista do campeonato.

Foi tudo demasiado mau

É certo que não havia Felipe, Danilo, nem Aboubakar, mas o FC Porto foi muito pobre perante o 3º classificado da Premier League, não se querendo aqui desfazer a grande qualidade do Liverpool. É uma derrota histórica pela negativa e isso já diz tudo.

Ajudou a complicar

Foi tudo demasiado mau

Parece haver falta sobre Marega no lance que ditou o 0-2 e foi demasiado permissivo com os jogadores do Liverpool na primeira parte, principalmente com Milner. Ainda ajudou a complicar mais a vida dos portistas, mas não foi por aqui que tudo desabou.

"Resultado não belisca nada" 

"Oferecemos o primeiro golo ao Liverpool e a partir do 0-3 não houve mais jogo. Foi um golpe duro animicamente para os meus jogadores. Serve para tirar ilações mas não belisca nada do que temos feito nas outras competições", disse ontem Sérgio Conceição, técnico do FC Porto, no final do jogo da primeira mão dos oitavos de final da Champions, no Dragão.

O técnico dos dragões, que reconheceu o trabalho dos ingleses, preferiu olhar às restantes frentes em que os azuis-e-brancos ainda se encontram: "Somos líderes do campeonato, que é o nosso principal objetivo, e estamos na meia-final da Taça de Portugal, e queremos já dar uma resposta contra o Rio Ave [domingo, às 18h00]."

Sérgio Conceição deixou ainda elogios aos adeptos que estiveram presentes: "Tenho de deixar o meu agradecimento a todos os adeptos pelo apoio ao longo do jogo e especialmente no fim, mesmo a perder."

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