George Jardel, irmão do Super-Mário Jardel que brilhou no FC Porto e no Sporting, sobreviveu a um enfarte após um treino do Montalegre, da II Divisão, mas o incidente foi fatal para a sua carreira. As anomalias cardiovasculares detectadas pelos médicos obrigaram agora o avançado a deixar prematuramente o futebol. <br/><br/>
Aos 31 anos, menos seis do que Mário Jardel, que continua a jogar, George não queria acreditar nas palavras dos médicos. "Fiquei sem chão quando soube que tinha que abandonar. O futebol, minha paixão desde os sete anos, podia ter-me levado à morte. Mais uns minutos sem ir para o hospital e ia desta para melhor. Ainda não me recompus do susto, e passaram três meses", contou ao CM.
Reviver o momento em que caiu inanimado não é fácil. "Treinei com o Montalegre, contra o Aliados de Lordelo, e no final senti-me mal. Mas pensei que eram naúseas de esforço. Fui jantar com a minha namorada e, aí sim, entrei em pânico com a dor e a falta de ar", disse, para acrescentar: "Perdi os sentidos, levaram-me para as Urgências, e fiquei internado oito dias no Hospital de São João (Porto). Poucas pessoas sabem o que aconteceu."
A família de George foi logo informada: "A minha mãe liga do Brasil todos os dias. Não quer que me enerve nem que veja jogos ou faça esforços. Quero ver o FC Porto-Benfica mas posso enervar-me a torcer pelo FC Porto. Os meus irmãos também estão em estado de choque, toda a família está. Hoje [ontem] falei com o Mário e ele anda preocupado comigo". "Ainda por cima, morreu o meu avô na semana passada. Tudo isto é muito triste", reforçou, sem explicações para a paragem cardíaca que o levou a terminar a carreira: "Não percebo. Não bebo álcool há mais de dois anos, não fumo e nunca me meti em drogas. Depois, os exames que me fizeram ao longo da carreira nunca detectaram nenhuma anomalia."
Sobre o futuro, George admitiu a possibilidade de "tirar um curso de treinador", ou então "trabalhar com o empresário do Mário", o brasileiro André Irulegui.
"MÁRIO MERECE ESTÁTUA"
Apesar de reconhecer que o prestígio do irmão Mário lhe ensombrou de forma indirecta a carreira, George Jardel não se poupa em elogios ao actual avançado do Cherno More Varna, da Bulgária.
"O Mário é a minha referência, é uma força da Natureza mesmo aos 37 anos. Não é qualquer um. Ainda ontem marcou um golaço com poucos minutos em campo", disse, para reforçar os elogios: "Ele jogou em meio-Mundo, está entre os melhores homens-golo da História. O FC Porto, por exemplo, podia fazer-lhe uma estátua e não só um jogo de despedida. Era merecido."
George lamenta, no entanto, "a pressão que puseram" na sua carreira por carregar o nome Jardel. "Achavam que eu era favorecido, por ser irmão dele, mas eu despontei sozinho no Vasco da Gama e brilhei nos juniores do FC Porto. Cortaram-me as pernas antes de verem o que eu valia. Foi injusto."
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