Benfica anulou um Zenit preso de movimentos e sem andamento.
Um golo de Jonas, em tempo de descontos, a dar seguimento de cabeça a livre de Gaitán, garantiu na terça-feira ao Benfica o triunfo sobre o Zenit na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões e uma esperança em tons vermelhos de apuramento para os quartos de final da prova.
O melhor chegou no fim, mas também é igualmente válido dizer que a justiça chegou ao cair do pano. O Benfica foi melhor. Nem sempre teve uma qualidade de jogo exuberante, mas teve o mérito de ter sido mais equipa, mais solidária e de ter revelado uma vontade bem maior de ganhar. Quando a vontade e a arte se juntaram no mesmo lance, o brasileiro Jonas aproveitou uma espécie de ‘cortina’ de Jardel, a bloquear os adversários, e levou as bancadas ao delírio. O voo de Jonas bem pode vir a tornar-se no do Benfica para a próxima fase.
Até ao golo, ou seja até ao final, houve muito jogo. E nele o Benfica foi quem mais ordenou. Revelou desde logo uma intensidade superior à do Zenit, que não disfarçou dificuldades típicas de uma equipa que vem de paragem competitiva de dois meses e à qual faltou poder de arranque. Hulk foi o exemplo mais acabado de uma formação emperrada. Apesar de a primeira parte ter sido marcada por muito condicionamento tático de parte a parte, o que de melhor se viu em oportunidades coube aos encarnados, mas Pizzi atirou à figura de Lodygin e Jonas viu um remate ser desviado e sair ligeiramente ao lado.
Faltava uma maior dose de risco ao Benfica, que não teve a vertigem ofensiva da Liga portuguesa - o valor do adversário para isso contribuiu -, mas também se sentia o cuidado de Rui Vitória em não descompensar defensivamente a equipa.
À medida que o jogo decorria, crescia a ideia de que tudo dependia, essencialmente, do que o Benfica seria capaz de fazer para acelerar e ganhar. A equipa encarnada esticou o jogo, Gaitán e Jonas começaram a aparecer mais e com isso impulsionaram o Benfica para uma ponta final de alto nível. Os laterais integraram-se mais, a entrada de Jiménez transmitiu vivacidade e os russos passavam quase a ideia de que não perder já não seria mau. Não foi por falta de aviso que o Zenit não foi castigado mais cedo, com Gaitán a obrigar Lodygin a grande defesa. O golo seria uma questão de tempo, que chegou nos descontos, logo a seguir à expulsão de Criscito.
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